PENSAMENTOS, DEVANEIOS E INQUIETAÇÕES

CRÔNICAS DO COTIDIANO, DO PONTO DE VISTA FEMININO,ARTÍSTICO, FILOSÓFICO, EMOCIONAL E SOCIOLÓGICO.

QUEM SOU EU...

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São Paulo, SP, Brazil
SOCIÓLOGA,HISTORIADORA, EDUCADORA E ARTISTA PLÁSTICA. Sou buscadora e curiosa por natureza. Sou bruxa, sem poções e crendices infundadas, observo e me integro à terra e aos seus movimentos. Amo a vida, os animais, plantas e a natureza. Solitária por vocação, pois nela busco forças e encontro repouso. Avessa aos ritos impostos e às convenções sociais, procuro a minha verdade. Sou arisca e desprezo dogmas, eles são a perdição da humanidade. Sou humana e falível. Busco o melhor de cada crença. deletando as manipulações. Amo o silêncio, a força da natureza e o equilíbrio cósmico, acho que sou inqualificável... Sou real e palpável, mas também sei ser etérea e indecifrável, se me convier. Amo o conhecimento, o mistério, as brumas da sensibilidade. Se quiser me conhecer melhor, siga-me...

BEM VINDOS!!!!!!

Sintam se à vontade nesse pequeno espaço onde compartilho minhas idéias, pensamentos, denuncio injustiças, lanço questionamentos, principalmente em relação ao universo feminino e toda a sua complexidade.
Minhas postagens são resultados de pesquisas na internet, caso houver algum artigo sem os devidos crédito, por favor me notifiquem para que eu possa corrigir uma eventual falta.
Obrigada por sua visita.

15 junho, 2010

DEPILAÇÃO





Há tempos, pessoas em diversas sociedades procuram eliminar o excesso de pelos e penugens, para fins estéticos (...) e para higiene pessoal. A história nos revela que em 1500 a.C. os homens já removiam os pelos com um depilador feito de sangue de diversos animais, gordura de hipopótamo, carcaça de tartaruga e trissulfeto de antimônio. Os romanos também se referem a composições depiladoras, algumas das quais continham soda 



cáustica como destacado ingrediente. Cleópatra tirava seus tão indesejáveis pelos com faixas de tecidos finos banhados em cera quente. Embora os depilatórios químicos sejam considerados uma invenção contemporânea, o processo para remoção dos pelos através de decomposição química surgiu na Antiguidade. Na realidade, durante séculos seu desenvolvimento ficou adormecido e diversas outras alternativas foram introduzidas. 






SABONETE














Primeiro surgiu o sabão, inventado pelos fenícios em 600 a.C. Mais tarde, os espanhóis acrescentaram óleo de oliva para dar um cheiro mais suave. Mas quem deu o nome de sabonete foram os franceses da cidade de Savona, de onde tiraram a palavra Savon (sabão) e Savonnette (sabonete no diminutivo).
Conta-se que para fazer o sabão, os fenícios ferviam água com banha de cabra e cinzas de madeira, o que o tornava mais pastoso. Já o sabão sólido só apareceu no século VII, quando os árabes descobriram o processo de saponificação, uma mistura de óleos naturais, gordura animal e soda cáustica, que endurece depois de fervida
Em 1878, Harley Procter, dono de uma fábrica de velas e sabão, disse para seu primo, o químico James Gamble, que queria produzir um sabão branco, cremoso e delicadamente perfumado. Assim se chegou à nova fórmula, que produzia uma rica espuma e tinha uma consistência homogênea.

Logo que inventaram a luz elétrica, Harley Procter previu que a eletricidade poderia acabar de uma vez com o seu lucrativo negócio de velas, e decidiu então promover o seu novo sabão inventando em 1978 o “Roger & Gallet”, primeiro sabonete redondo, envolto artesanalmente em papel drapeado.
Consta que o sabonete mais antigo, que é comercializado até hoje, é o Lux, cuja primeira fabricação data de 1925. No Brasil, ele chegou em 1932, com o nome de Lever, empresa que o fabricava. A primeira representante da marca foi a atriz Claudette Colbert, que interpretou Cleópatra no cinema, em 1934.
O slogan “sabonete das estrelas de cinema” veio da matriz da Lever, nos Estados Unidos, a partir da década de 50, uma vez que teve como garotas propagandas Elizabeth Taylor, Lana Turner, Ava Gardner, Dorothy Lamour, Judy Garland, Rita Hayworth, Grace Kelly, Joan Crawford, Kim Novak e Gina Lollobrigida, entre outras.


SÉCULOS DE IMUNDÍCIE II


As invenções mais essenciais da higiene pessoal :

Papel higiênico
Por séculos, a limpeza íntima foi feita com folhas, sabugos de milho – ou com a mão. A primeira fábrica de papel higiênico surgiu nos Estados Unidos, em 1857 – e o produto demorou a vencer a resistência do mercado.
Banho
Os romanos tinham casas de banho, que caíram em desuso na Europa medieval. A prática de lavar o corpo só seria efetivamente retomada a partir do século XIX. Em 1867, o francês Merry Delabost inventou o chuveiro. Pois é, um francês...
Privada
A primeira privada, ainda muito rudimentar, foi inventada para o uso da rainha Elizabeth I, da Inglaterra, no século XVI. Mas foi em 1884 que o inglês George Jennings criou o modelo moderno, com descarga.

Sabonete
O sabão já era conhecido pelo menos desde o antigo Egito – embora os romanos não o utilizassem. Por muito tempo, porém, foi um
artigo de luxo. Sua popularização plena só se deu no século passado, por obra da produção industrializada americana
Cuidados dentários As primeiras escovas de dentes datam do século XV, provavelmente inventadas na China. Mas pastas variadas, feitas de vegetais, já eram usadas na limpeza bucal dos antigos egípcios e indianos. As pastas modernas, alcalinas, surgiram nos Estados Unidos, no início do século XX.
História suja
Grandes personagens que não eram amigos da água
Vasco da Gama (1460-1524)
O navegador português levantou reações enojadas em sua viagem à Índia. Os indianos pediram que ele só falasse com a mão na frente da boca, para conter o bafo
Napoleão (1769-1821)
O imperador era asseado – mas encontrava estímulo erótico no cheiro do corpo. Em uma de suas campanhas militares, escreveu a sua mulher, Josefina: "Retorno a Paris amanhã. Não se lave"
Luís XIV (1638-1715)
O rei francês só tomava banho por ordem médica e vivia no imundo palácio de Versalhes, onde as fezes eram recolhidas dos corredores só uma vez por semana.
Isabel (1451-1504)
Relatos palacianos dão conta de que a rainha espanhola que comissionou a viagem de Cristóvão Colombo só tomou dois banhos de corpo inteiro em toda a vida.
Dom João VI (1767-1826)
O rei português que instalou sua corte no Rio de Janeiro em 1808 detestava banho e costumava vestir a mesma roupa até que apodrecesse.









SÉCULOS DE IMUNDÍCIE I


Séculos de imundície






Jerônimo Teixeira

Na escala da história humana, o hálito perfumado, o cabelo sedoso, a axila desodorizada (e depilada, se feminina) são novidades absolutas. A higiene pessoal, tal como é concebida hoje na maioria dos países, só se estabeleceu em efetivo no século XIX. Antes disso, as pessoas não apenas toleravam a sujeira como ainda, muitas vezes, se compraziam com ela. A evolução dos cuidados íntimos deu-se aos trancos, com pequenos avanços seguidos de longos recuos. E até mesmo produtos de utilidade óbvia, como o papel higiênico (que recém-completou 150 anos), não só demoraram a ser inventados como encontraram resistência para ser aceitos. Dois livros lançados na Inglaterra e nos Estados Unidos, Clean – A History of Personal Hygiene and Purity (Limpo – Uma História da Higiene Pessoal e da Pureza), da inglesa Virginia Smith, e The Dirt on Clean (algo como O Lado Sujo da Limpeza), da canadense Katherine Ashenburg, reconstituem a trajetória da higiene na civilização ocidental. Com detalhes sórdidos – e anedotas sujas.
Virginia Smith, pesquisadora associada do Centro de História da Saúde Pública da London School of Hygiene and Tropical Medicine, tomou um caminho mais acadêmico, que parte de considerações biológicas sobre os cuidados de macacos e outros mamíferos com o corpo para então compor a moldura histórica mais ampla. Katherine Ashenburg, jornalista que já havia escrito um livro sobre as práticas de luto ao longo dos séculos, toma um caminho mais cultural, discutindo os hábitos íntimos de uma larga galeria de personagens (veja quadro nas págs. 194 e 195). As duas obras coincidem em uma constatação potencialmente polêmica: o cristianismo representou um retrocesso na história da higiene. Praticamente todas as civilizações da Antiguidade deram grande valor ao cuidado com o próprio corpo e com o bem-estar físico. Os egípcios já fabricavam sabão. A religião grega previa uma série de libações antes de sacrifícios animais e refeições, e o banho era uma instituição cotidiana, registrada até nos mitos – em seu retorno da Guerra de Tróia, Agamenon é assassinado na banheira por sua mulher, Clitemnestra. O Império Romano criou aquedutos para abastecer suas principais cidades. O romano abastado freqüentava diariamente os banhos públicos, onde o corpo era lavado em uma sucessão de piscinas com temperaturas variadas e esfregado vigorosamente – não se usava sabão – para retirar todas as sujeiras. Tudo isso desapareceu com a queda do império e a prevalência dos cristãos.
É claro que o banho não sumiu da paisagem européia da noite para o dia. Katherine Ashenburg observa que alguns dos primeiros patriarcas do cristianismo, como o teólogo Tertuliano e os santos Agostinho e João Crisóstomo, ainda freqüentavam a casa de banho. Aos poucos, porém, esses locais foram sendo associados ao pecado e à dissolução dos costumes pagãos. Mais voltado para a interioridade do que o judaísmo, o cristianismo desconfiava de qualquer atenção conferida ao próprio corpo. Místicos mais extremados como São Francisco de Assis consideravam a sujeira um modo de penalizar o próprio corpo, aproximando o espírito de Deus (o mesmo São Francisco, no entanto, era conhecido pelo desprendimento com que lavava as feridas de leprosos). Ao codificar no século VI algumas das regras da vida monástica, são Bento determinou que só os monges doentes ou muito velhos fossem autorizados a se banhar. Na maioria dos conventos e monastérios da Europa medieval, o banho era praticado duas ou três vezes ao ano, em geral às vésperas de festas religiosas como a Páscoa e o Natal. Supõe-se que a média de banhos entre a população que vivia fora do claustro não tenha sido muito superior.
Uma vez perdida na poeira medieval, a prática de lavar o corpo todos os dias demoraria séculos para se restabelecer (e em alguns países europeus ainda não se restabeleceu). O banho foi no máximo uma moda episódica – cavaleiros que voltaram das cruzadas, por exemplo, trouxeram o hábito do banho quente, comum entre os muçulmanos, então muito mais asseados do que seus contendores cristãos. No século XIII, o popular Romance de La Rose, poema francês repleto de conselhos eróticos, trazia uma série de recomendações para o asseio feminino. As mulheres deveriam manter unhas, dentes e pele limpos – e, sobretudo, deveriam zelar pela limpeza da "câmara de Vênus". No século seguinte, jogos eróticos no banho também compareceriam noDecameron, do italiano Giovanni Boccaccio. O prestígio do banho, porém, parece ter sido apenas literário. O cristão europeu médio seguiu lavando o rosto e as mãos antes da refeição e esfregando seus dentes com paninhos – e a tanto se resumia sua higiene pessoal.
A transição para a era moderna não trouxe nenhuma melhora higiênica – pelo contrário, o progressivo inchaço das cidades gerou catástrofes sanitárias. Em Londres, Paris ou Lisboa, a disposição de lixo e de dejetos humanos era feita na rua mesmo. No suntuoso Palácio de Versalhes, um decreto de 1715, baixado pouco antes da morte do rei Luís XIV, estipulava que as fezes seriam retiradas dos corredores uma vez por semana – do que se deduz que o recolhimento era ainda mais esparso antes. Versalhes não tinha banheiros, mas contava com um quarto de banho equipado com uma banheira de mármore encomendada pelo próprio Luís XIV – objeto que serviria apenas à ostentação, caindo no mais absoluto desuso. Os médicos certa vez recomendaram banhos ao Rei Sol como forma de terapia para as convulsões que ele andava sofrendo – mas interromperam esse tratamento dramático quando o monarca se queixou de que a água lhe dava dor de cabeça. Acreditava-se então no poder de cura da imersão em água para certas doenças. Contraditoriamente, porém, também se atribuíam perigos ao banho: lavar o corpo todo abriria os poros, facilitando a infiltração de doenças (ironicamente, as práticas precárias da higiene pessoal facilitaram epidemias européias, como a peste e a cólera). Significativo é um caso de 1610 envolvendo o avô de Luís XIV, Henrique IV. Esse rei fez a deferência de dispensar o duque de Sully de uma convocação para comparecer ao Palácio do Louvre. Em vez disso, foi Henrique IV que visitou Sully, para tratar de assuntos de estado – isso tudo apenas porque o duque havia se banhado recentemente e, portanto, estaria suscetível demais para sair à rua.
Outra crença curiosa do mesmo período diz respeito ao poder purificador da roupa: acreditava-se que o tecido "absorvia" a sujeira do corpo. Bastaria, portanto, trocar de camisa todos os dias para manter-se limpinho. Já no século XIX, o rei português dom João VI – o fujão que estabeleceu sua corte no Rio de Janeiro – mostrava-se descrente até da troca de camisas, que ele literalmente deixava apodrecer no corpo. A porquice de dom João VI, extraordinária até para os baixos padrões sanitários de seu tempo, está bem descrita em outro livro lançado neste ano,Passado a Limpo – História da Higiene Pessoal no Brasil, do jornalista Eduardo BuenoMesmo coberto de feridas e contaminações na pele, dom João VI fugia da água.
Foi só no século XIX, com a propagação da água encanada e do esgoto e com o desenvolvimento de uma nova indústria da higiene – principalmente nos Estados Unidos –, que o banho foi reabilitado. O sabão, conhecido desde a Antiguidade, mas por muito tempo considerado um produto de luxo, foi industrializado e popularizado. Em 1877, a Scott Paper, companhia americana pioneira na fabricação de papel higiênico, começou vender seu produto em rolos, formato que se mostra até hoje insuperado. O século XX prosseguiria com a expansão da higiene. Os desodorantes modernos datam de 1907 e a primeira escova de dentes plástica é dos anos 50. A divulgação de produtos e práticas de higiene pessoal passou a contar com um aliado poderoso: a publicidade. Lançado em 1917, o Kotex, tido como o primeiro absorvente íntimo feminino, foi divulgado em 1946 por um filme de animação produzido pelos estúdios Disney. "O sabonete e a publicidade cresceram juntos", diz Katherine Ashenburg em seu livro. Foi daí que surgiu a expressão em inglês que designa a telenovela: soap opera, "ópera de sabonete", referência aos patrocinadores desses programas.
Katherine sugere que o avanço da assepsia pode ter chegado a extremos, especialmente nos Estados Unidos. Alguns cientistas já aventaram a hipótese de que a superproteção com que as crianças hoje são educadas está debilitando resistências imunológicas e aumentando a incidência de doenças alérgicas. A história dos séculos sujos que nos precederam pode ser uma lição moderadora: a humanidade, afinal, sobreviveu a toda essa imundície. As vantagens de viver na era do desodorante e do fio dental mentolado são auto-evidentes, mas convém lembrar sempre a frase de Henry J. Temple, nobre inglês da virada do século XVIII para o XIX: "Sujeira é só matéria fora do lugar".

HISTÓRIA DO ABSORVENTE


Como Fazíamos Sem...Absorvente

Mulheres improvisavam com panos, chumaço de lã e rolinho de grama

Dizia o comercial de TV que incomodadas ficavam as nossas avós. Ele tinha razão. Antes da invenção do absorvente descartável, a mulherada sofria. E improvisava.
De acordo com dados da instituição americana Museu da Menstruação e da Saúde Feminina, na Antiguidade, em Roma, as mulheres enfiavam pequenos chumaços de lã no interior da vagina para conter o fluxo menstrual. Em algumas tribos da África, usavam rolinhos de grama. As gregas revestiam ripas de madeira com várias camadas de retalho. Já as japonesas se viravam confeccionando canudinhos de papel. Na Indonésia, fibras vegetais eram usadas na tentativa de absorver o fluxo, ao passo que, no Egito, canutilhos de papiro faziam as vezes de absorvente higiênico. Todas essas invenções eram intravaginais – por isso, era melhor deixar um pedacinho para fora, para facilitar a retirada.
Registros arqueológicos mostram que, desde o século 15 a.C, as mulheres já pensavam em alguma espécie de proteção para aqueles dias. Mas uma das referências mais conhecidas acerca do assunto é encontrada nos escritos deixados pelo grego Hipócrates, mencionando expressamente a utilização de protetores intravaginais entre suas contemporâneas – ele viveu de 460 a 370 a.C.
Durante toda a Idade Média uma opção eram as toalhinhas higiênicas, feitas de qualquer resto de tecido – não raro, elas levavam ao surgimento de coceiras, assaduras e irritações no corpo. De todo modo, qualquer coisa devia ser melhor do que o isolamento a que as mulheres de diversas tribos indígenas eram submetidas: elas ficavam longe dos olhos dos outros, sentadas numa espécie de ninho, que absorvia o sangue.
Só no século 19 têm início pesquisas voltadas ao desenvolvimento de apetrechos mais funcionais. Em 1933 o absorvente interno foi patenteado, mas a novidade só chegou ao Brasil 40 anos depois. Por outro lado, toalhas descartáveis já ocupavam as prateleiras desde o fim da Primeira Guerra. Algumas tinham o formato de uma calcinha, ficando presas à cintura, enquanto outras eram presas com alfinetes – os absorventes com fita adesiva chegaram em 1970.
Um alívio sem precedentes, que livrou as mulheres de preocupações, como a de o que fazer para que ninguém visse o varal coalhado de retalhos suspeitos – afinal, as moças de boa família não podiam expor suas intimidades.

HISTÓRIA DA LINGERIE I


Túnel do Tempo

História da Lingerie
A história da lingerie começa por volta do segundo milênio antes de Cristo. Em Creta, as mulheres usavam um corpete simples que sustentava a base do busto, projetando os seios nus. Essa "moda" era inspirada na Deusa com Serpentes, ideal feminino da época.
História da Lingerie
Na Idade Média, surgiram os ancestrais do corselete. Um deles era a cota, uma túnica com cordões. O outro era conhecido como bliaud, uma espécie de corpete amarrado atrás ou nas laterais, que apertava o busto como uma couraça e era costurado à uma saia plissada. O sorquerie era uma cota muito justa também conhecida como guarda-corpo ou corpete. E havia ainda o surcot, um colete enfiado por cima do vestido e amarrado.
História da Lingerie
Só no final da Idade Média, em torno do século XV, durante o ducado da Borgonha, é que as mulheres nobres passaram a usar um largo cinto sob o busto que, além de sustentar os seios, faziam com que eles parecessem mais volumosos
Do século XV ao XVI, durante o Renascimento, a roupa íntima feminina ficou ainda mais rígida. É nesta época que surgiu o corps piqué, um corpete pespontado que apertava o ventre, afinava a cintura e deixava os seios com aspecto de cones. Esta peça era construída com uma haste, que muitas vezes era feita de madeira de buxo ou marfim. Havia, ainda, uma haste de metal central que, em alguns modelos, chegava a pesar até um quilo. Essas hastes eram trabalhadas com gravuras e inscrições, pois, de acorddo com os costumes da época, podiam ser retiradas e exibidas em sociedade depois de um lauto jantar. No entanto, estes corpetes começaram a causar polêmica entre médicos esclarecidos, pois comprimiam órgãos internos, causando entrelaçamento de costelas e até a morte.
História da Lingerie
Somente no século XVIII é que as mulheres começam a respirar, literalmente, um pouco mais aliviadas. É que as hastes de madeira e metal foram substituídas pelas barbatanas de baleia. Os decotes aumentaram e os corseletes passaram a ser confeccionados para comprimir a base do busto, deixando os seios em evidência. Também foi nesta época que os corseletes ganharam sofisticação. Eram bem trabalhados com bordados, laços e tecidos adamascados. E, a partir de 1770, junto com as idéias iluministas que culminaram com a Revolução francesa, houve uma espécie de cruzada anti-espartilho. Médicos, escritores, filósofos militavam contra os corseletes.
História da Lingerie
No século XIX, as crinolinas (anáguas confeccionadas com tecidos rígidos, feitos de crina, para armar as saias), praticamente desapareceram. Mas o corselete permaneceu na moda. Em 1832, o suíço Jean Werly abriu a primeira fábrica de espartilhos sem costuras. E, em 1840, foi lançado um modelo com um sistema de de cordões elásticos. Isso permitia que a mulher pudesse, ela mesma, vestir e tirar a peça sozinha. Além do corselete, as roupas íntimas eram compostas por calças que chegavam até os joelhos, cheias de babadinhos.
História da Lingerie
A partir de 1900, o espartilho começou a se tornar mais flexível. Os balés russos de Serge de Diaghliev faziam muito sucesso em Paris. E seus trajes neo-orientais inspiraram costureiros como Paul-Poiret e Madeleine Vionnet que inventaram roupas que formavam uma silhueta mais natural. Em 1904, a palavra soutien-gorge (sutiã) entrou no dicionário francês. E em 1913, Mary Phelps Jacob inventou o sutiã, vendendo a patente para a Warner Company. No ano seguinte, 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, a mulher teve de trabalhar nas fábricas. Isso fez com ela precisasse de uma nova lingerie que lhe permitisse movimentação. Por isso, o espartilho foi substituído pela cinta.
História da Lingerie
Nos anos 20, as roupas íntimas eram formadas por um conjunto de cintas, saiotes, calcinhas, combinações e espartilhos mais flexíveis. E a lingerie passou a ter outras cores, além do tradicional branco.
História da Lingerie
Em 1930, a Dunlop Company inventou um fio elástico muito fino, o látex. A roupa de baixo passou a ser fabricada em modelagens que respeitavam ainda mais a diversidade dos corpos femininos. E ,a partir de 1938, a Du Pont de Nemours anunciou a descoberta do náilon. E as lingeries coloridas, finalmente, tornam-se bem populares. Mas em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o náiloon saiu do setor de lingerie e foi para as fábricas de pára-quedas.
História da Lingerie
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o New Look do costureiro Dior, lançado em 1947, propunha a volta da elegância e dos volumes perdidos durante o período da guerra. Para acompanhar a nova silhueta proposta pelo costureiro, a lingerie precisava deixar o busto bem delineado e a cintura marcadíssima. Surgiram os sutiãs que deixavam os seios empinados e as cintas que escondiam a barriga e modelavam a cinturinha.
História da Lingerie
No final dos anos 50 e início dos 60, os fabricantes começaram a se interessar pelas consumidoras mais jovens. A Lycra foi lançada com sucesso, pois permitia os movimentos. A lingerie passou a ter diversos tipos de modelagens, embora, na maioria, ainda mantivesse os sutiãs estruturados.
História da Lingerie
No final dos anos 70 e início dos 80, a inspiração romântica tomou conta da moda. Cinta-liga, meias 7/8 e corseletes, sem a antiga modelagem claustofóbica, voltaram à moda. Rendas, laços e tecidos delicados enfeitavam calcinhas e sutiãs.
História da Lingerie
Dos anos 90 até os dias de hoje, a ligerie, assim como a moda, não segue apenas um único estilo. Modelagens retrô, como os caleçons, convivem com as calcinhas estilo cueca. Os sutiãs desestruturados dividem as mesmas prateleiras com os modelos de bojo. Tecidos naturais, como o algodão, são vendidos nas mesmas lojas de departamento que os modelos com tecidos tecnológicos.







Desde a antigüidade, a lingerie exerce um papel fundamental na vida das mulheres. Na Grécia, a necessidade de usá-la surgiu por causa da preocupação das mulheres em cobrirem suas intimidades. Elas banhavam-se nas fontes da cidade de Atenas, usando túnicas e um pequeno triângulo de tecido amarrado com fios nos quadris. Dessa forma, surgiu o que foi considerada a primeira tanga.
Para proteger a pele dos tecidos ásperos e pesados que eram usados na época, usavam-se as túnicas, que eram camisolas longas, para ambos os sexos.
As lingeries eram consideradas símbolos de "status", pois uma mulher bem arrumada demonstrava riqueza e por conseqüência a imagem do homem bem sucedido. Foi nessa época que surgiram as ligas feitas de lã, como uma necessidade de segurar as meias de algodão.
As lingeries eram muito desconfortáveis, pois os espartilhos eram feitos de esparto, mesmo material usado para fazer cestos, e a estruturação era feita com barbatanas de baleia, como uma armadura.
O estilo diretório, que surgiu através do comércio com o Oriente e a América, era um vestido decotado, preso debaixo do busto e uma calça larga de linho, a qual era presa no tornozelo. Sua ousadia era aparecer sob as saias que arrastavam no chão. Surgiram então as anquias, que são armações de arame, amarrados na cintura, com a finalidade de aumentar os quadris.
Com o tempo, a anquia foi substituída por uma calda, chamada de culo, que deixava as mulheres estreitas de frente e como uma grávida de costas, tendo o espartilho força total, tendo que ser amarrado por duas pessoas. Sua função era deixar a mulher com uma minúscula cintura.
Posteriormente surgiram as crinolinas, que eram armações de tubos de tecidos forradas com crinas de cavalo, as quais faziam muita compressão no corpo da mulher, causando casos diários de desmaios.
Por volta de 1900, o famoso costureiro Paul Poret colocou um fim nos espartilhos e corpetes, salientando a lingerie como algo sensual, surgindo daí os calções de tecidos finos, as camisetas de cambraia ou de seda, usando muitas combinações. Dessa forma, a lingerie tornou-se símbolo feminino de sensualidade, sedução e luxo.
O elastano, e posteriormente o nylon, eram considerados uma segunda pele, e proporcionavam lavagem e secagem rápida. Surgiram de forma revolucionária no mercado da lingerie, principalmente por serem formados por novas fibras, como matéria prima alternativa, ficando assim com um preço muito mais acessível. Com a queda da bolsa de valores, em 1929, o poder aquisitivo não permitia que as mulheres gastassem tanto com as lingeries.
Por volta de 1950, surgiram os modelos de recortes ousados para soutiens, como os que levam arame para dar sustentação. Com o tempo, os sutiens com bojo, e também os bustiers, chamados sutiens sem alça, ganham força total no mercado..
Ousadia maior foi quando surgiu a transparência das rendas, os topes e outros mais, devido ao desenvolvimento dos produtos. Desse modo, a mulher ganhou o poder da opção. Como dito por especialistas: "A lingerie que se parece com você, que se move com você e que se sente como você".

HISTÓRIA DA LINGERIE II



Várias peças e acessórios usados pelas mulheres compõem o que chamamos de lingerie, as conhecidas roupas de baixo. Formada por calcinhas, sutiãs, cintas-ligas, espartilhos e algumas outras peças, a lingerie desperta todo tipo de fantasias. Segundo Freud, a relação do erotismo com as roupas íntimas nada mais é do que o fetiche, ou feitiço. Isso acontece quando a satisfação pessoal se dá através de objetos ou ornamentos.
O cinema e as revistas também ajudaram a criar um clima de sedução e fantasia, despindo as musas de suas roupas e deixando-as apenas com suas roupas de baixo, cada vez mais bonitas e elaboradas.
A lingerie passou por uma série de transformações ao longo do tempo, acompanhando as mudanças culturais e as exigências de uma nova mulher que foi surgindo, principalmente durante o século 20. A evolução tecnológica possibilitou o surgimento de novos materiais, que tornou a lingerie mais confortável e durável, duas exigências da vida moderna.
Desde o tempo das vestes longas, usadas até pouco depois da Idade Média, passando pela ostentação dos séculos 17 e 18, quando era usado um verdadeiro arsenal de acessórios por baixo das grandes saias femininas, até o início do século 20, a mulher sofreu horrores em nome da beleza e da satisfação masculina.
Os espartilhos, usados por mais de quatro séculos, causava sérios problemas à saúde, além do desconforto e da obrigação de ostentar uma "cinturinha de vespa". Os seios, foco da atenção por muito tempo, eram forçados para cima através dos cordões apertadíssimos dos espartilhos. Também as calcinhas, como são atualmente, passaram por drásticas mudanças. No século 19, eram usadas ceroulas, que iam até abaixo dos joelhos. O surgimento da lycra e do nylon permitiu uma série de inovações em sua confecção, que possibilitou até a criação de um modelo curioso nos anos 90: uma calcinha com bumbum falso, que contém um enchimento de espuma de nylon de vários tamanhos e modelagens.
Um acessório sensual muito usado na década de 20 foi a cinta-liga, criada para segurar as meias 7/8. Dançarinas do Charleston exibiam suas cintas-ligas por baixo das saias de franjas, enquanto se sacudiam ao som frenético das jazz-bands. Ainda nos anos 30, a cinta-liga era o único acessório disponível para prender as meias das mulheres, que só tiveram as meias-calças à sua disposição a partir da década de 40, com a invenção do náilon em 1935.
Espartilhos, meias de seda 7/8, ligas avulsas presas às cintas, continuaram sendo usados por muitas mulheres, mas não mais por uma imposição ou falta de opções, mas por uma questão de estilo ou fetiche, já que esses acessórios se tornaram símbolos de erotismo e sensualidade na sociedade ocidental.
A lingerie atravessou o século 20 sempre acompanhando a moda e as mudanças de comportamento. Quando a moda eram roupas justas e cinturas marcadas, lá estava o sutiã com armações de metal, cintas e corpetes para moldar o corpo feminino. Na década de 60, com a revolução sexual, o sutiã chegou até a ser queimado em praça pública, num ato pela liberdade feminina. Uma geração de mulheres afirmava, em 1980, não usar nada por baixo das camisetas ou de seus jeans, mas os tempos mudaram e a moda trouxe tantas novidades em cores, materiais e estilos, indo do esportivo todo em algodão, ao mais sofisticado modelo em rendas e fitas, que as mulheres chegaram a gastar mais em roupas de baixo do que em qualquer outro item de guarda-roupa ainda durante os anos 80.
A indústria de lingerie, que continua crescendo, aposta agora em alta tecnologia. É possível encontrar no mercado desde o espartilho no mais clássico modelo renascentista até o sutiã mais moderno, recheado de silicone, a última novidade.






Dos primitivos panos da Antigüidade às novidades sintéticas do século 20, uma trajetória de (des) conforto e sensualidade.

Uma história bem antiga

Os primeiros registros que mostram modelos de "calcinhas" datam do ano 40 A.C., em Roma. Pedaços de algodão, linho ou lã eram amarrados ao corpo como fraldas. Faixas de pano também eram amarradas na altura dos seios. O uso de uma espécie de calção, inspirado nos culotes masculinos, foi introduzido no século XVI por Catarina de Médicis, que o utilizava para montar a cavalo. A partir desse século, a roupa íntima feminina, mais elaborada e produzida com tecidos claros, começou a distinguir-se mais da masculina, apertando mais a cintura e os seios, dando a impressão de quadris bem largos.

O desconforto do espartilho

No século XVII surgiu na Espanha o famoso espartilho, feito de tecido rígido que cobria apenas o abdômen com o objetivo de disfarçar as formas. Cada vez mais apertada para modelar o corpo, essa peça acabou obrigatória para mulheres, provocando desconforto e não raros desmaios. Os modelos que enclausuravam a mulher, achatando o busto, se consagraram nesse período. Uma longa camisa rendada isolava do corpo o corpete - uma verdadeira armadura que o moldava. Anáguas e calçolas completavam a indumentária feminina do século XIX.

O primeiro soutien

No final de século XIX, foi criado na França o precursor do soutien, numa tentativa de oferecer às mulheres mais conforto do que o repressor espartilho. A boutique de Heminie Cadolle elaborou um modelo em tecido à base de algodão e seda, semelhante aos modelos atuais. Em 1914 o soutien foi devidamente reconhecido e patenteado nos Estados Unidos pela socialite nova-iorquina Mary Phelps Jacob. Era feito com dois lenços, um pedaço de fita cor-de-rosa e um pouco de cordão. Ela resolveu vender a patente a uma fábrica de roupas femininas, a Warner Brothers Corset Company, por 15 mil dólares da época. Era o início da industrialização do lingerie, porém havia poucas opções de tamanho e o ajuste era feito por presilhas nas alças.

Sensualidade explorada

A década de 80 a cantora Madonna consagrou a exposição da lingerie, usando soutiens, corpetes e cintas-ligas como roupas, e não mais como underwear (roupa de baixo). O público feminino adotou a idéia e a explora até hoje. A indústria de lingerie, por sua vez, elabora modelos cada vez mais sensuais e de materiais confortáveis. Transparências passaram a revelar belos soutiens e corseletes, usados até mesmo em ocasiões formais. Perto do ano 2000, as alcinhas de soutien são propositadamente deixadas à mostra. Revelando que as roupas íntimas estão longe de servir apenas para manter a higiene e conforto das mulheres, mas fazer parte da moda e do arsenal de sedução.

HISTÓRIA DA LINGERIE III





Do linho à Lycra Sutiã

Na Antigüidade, as egípcias não usavam nada por baixo de suas túnicas de linho e as mulheres de Atenas, na Grécia, tomavam banho, nas fontes da cidade, cobrindo o púbis com um triângulo de tecido preso por fios amarrados nos quadris.
A Lingerie da Idade Média era simplesmente uma camisola longa, de mangas compridas, comum aos dois sexos, que tinha por finalidade evitar o contato da pele com os tecidos ásperos e pesados do vestuário da época. Além disso, a roupa íntima era usada pelas mulheres, para poupar as roupas caras, pesadas e difíceis de lavar, principalmente num período em que tomar banho estava longe de ser um hábito diário.
A partir do século XV, os ingleses começaram a dar mais importância ao modo de se vestir e as roupas sofreram constantes transformações. Desde então, o modo de se vestir passou significar "status", ou seja, cada classe usava roupas para caracterizar sua classe social.
A Lingerie não ficou de fora. O uso de uma espécie de calção, inspirado nos "culotes" masculinos, foi introduzido no século XVI por Catarina de Médicis, que o utilizava para montar a cavalo.
A Lingerie não ficou de fora. O uso de uma espécie de calção, inspirado nos "culotes" masculinos, foi introduzido no século XVI por Catarina de Médicis, que o utilizava para montar a cavalo.
Ainda no século XVI, a roupa íntima feminina, mais elaborada e produzida com tecidos claros, começou a distinguir-se mais da masculina. Apertando mais a cintura e, posteriormente, os seios, o que dava a impressão de quadris bem largos.
Quanto mais adornos as mulheres tinham, mais enfatizavam a riqueza e a imagem do homem que pagava suas contas. O volume das saias também significava riqueza. Daí surgiram os "saiotes", que ficaram cada vez mais numerosos e pesados, até serem substituídos por uma invenção espanhola: o "vertugadin", uma armação rígida adotada somente pela nobreza, pois as mulheres da plebe (classe baixa), que trabalhavam nos campos, precisavam de liberdade de movimentos. Ao final do período renascentista (séc. V ou XIII), as mulheres já usavam meias de algodão ou lã presas por ligas tecidas em lã.

Do linho à Lycra

Um dos primeiros modelos de calcinha é datado do ano 3000 a.C. na Babilônia. Mas foram os gregos que desenvolveram esta peça da roupa íntima feminina, enrolando no quadril uma faixa de linho que descia por entre as pernas para protegê-las e torneá-las.
Na realeza do século XIV, enquanto outras peças do vestuário contavam-se às dúzias, as "calças de baixo", não passavam de duas mudas. Fora dos castelos, as cortesãs as usavam bordadas, e as atrizes e bailarinas as usavam por decreto lei. Já as demais mulheres passeavam com suas partes alegremente ao ar, isso, é claro, cobertas com saia ou vestido.
No século XVII, as "calças de baixo" foram objeto de estudo para a medicina. Os médicos da época afirmavam que o uso diário produzia secura do útero, causando assim a esterilidade. Aliado à volta da moda do espartilho, outra peça foi adicionada à indumentária feminina: a "anquinha", uma armação também de arame trançado como um cesto de 30 cm de largura, presa por uma tira na cintura, que estufava os quadris.
A "anquinha" foi substituída pelo "culo" (espécie de calda), dois séculos mais tarde. Esse utensílio deixava as mulheres estreitas de frente e protuberantes de costas. Em meados do século XIX, tanto a "anquinha" como o "culo" saíram de moda, dando espaço às "crinolinas". Realmente as "crinolinas" ocuparam espaço, pois eram confeccionadas com uma armação de tubos de tecido forrados com crina de cavalo (daí o nome).
Na segunda metade do século XIX, a mulher toma literalmente espaço na sociedade com a "criolina".
Na segunda metade do século XIX, a mulher toma literalmente espaço na sociedade com a "criolina".

"Entramos finalmente para o século XX"

Na primeira década do século, o costureiro Paul Poiret põe um fim aos espartilhos e a todos os tipos de corpetes, salientando a Lingerie como algo sensual. Uma conseqüência da insatisfação feminina, devido ao desconforto. Houve mudanças, mas não muito. A moda era um estilo retilíneo e afunilado para as roupas, o que dificultava o andar, obrigando as mulheres a usarem um corpete da cintura para baixo.
A situação começa a melhorar já na década seguinte com o estilo revolucionário da costureira Coco Chanel, que costurava para si mesma e passou a ser copiada pelas mulheres da sociedade. Surgem os "calções" de tecidos finos. A inovação dos tecidos na década de 30 contribuem para a evolução.
Os anos 50 forma o auge da revolução dessa peça. As divas do cinema americano ajudaram a popularizar e dar um toque mais sensual à calcinha, que, por não raras vezes, poderia ser vista, mesmo debaixo de tantas saias e anáguas.
De lá pra cá, a calcinha tornou-se acessório indispensável na vida da mulher. Novas cores, modelos e tecidos que variam de acordo com as formas femininas proporcionaram maior conforto e praticidade, além é claro de charme, sofisticação e sensualidade.

Tortura cultural

O marco inicial foi o século XVI, quando as roupas femininas passaram a ser confeccionadas com tecidos mais claros, para diferenciar das masculinas. Com isso, veio também a tendência de cortes mais acinturados, deixando à mostra as curvas femininas, como os quadris e os seios.
Contudo, apenas 100 anos mais tarde é que surgiu o espartilho na Espanha. Ao contrário do que se pensa, o espartilho não servia para modelar o corpo, mas para disfarçar as formas, uma exigência da época. O nome é espartilho porque eram feitos de esparto (uma gramínea utilizada na fabricação de cestos). A peças recebia também uma estrutura de barbatanas de baleia.
Um pedaço de armadura de um cavaleiro, mas um espartilho usado no final da Idade Média.
Um pedaço de armadura de um cavaleiro, mas um espartilho usado no final da Idade Média.
Cada vez mais apertada, essa peça acabou obrigatória para mulheres, o que provocava desconforto e por vezes até desmaios. Já nos séculos XVIII e XIX, os modelos que enclausuravam a mulher, achatando o busto, se consagraram. Uma longa camisa rendada isolava o corpo do espartilho, que o moldava.

O primeiro sutiã

No final de século XIX, foi criado na França o precursor do sutiã, numa tentativa de oferecer mais conforto do que o repressor espartilho. A butique de Heminie Cadolle elaborou um modelo em tecido à base de algodão e seda, semelhante aos modelos atuais. O sutiã foi devidamente reconhecido e patenteado em 1914 nos Estados Unidos pela socialite nova-iorquina Mary Phelps Jacob. Ele era feito com dois lenços, um pedaço de fita e um pouco de cordão.
Diante da novidade, prática e mais higiênica, as amigas de Mary intensificaram cada vez mais seus pedidos. Foi então que ela resolveu vender a patente a uma fábrica de roupas femininas, a Warner Brothers Corset Company, por 15 mil dólares da época. Era o início da industrialização da Lingerie.
Os primeiros modelos eram pouco inovadores e, em vez de realçar os seios, os achatavam. Havia poucas opções de tamanho e o ajuste era feito por presilhas nas alças. A partir da década de 20 a empresa americana Kestos lançou modelos mais próximos dos atuais, com pedaços triangulares de pano presos por um elástico que passava sobre os ombros, cruzava nas costas e abotoava na frente. Daí muita coisa mudou.

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