PENSAMENTOS, DEVANEIOS E INQUIETAÇÕES

CRÔNICAS DO COTIDIANO, DO PONTO DE VISTA FEMININO,ARTÍSTICO, FILOSÓFICO, EMOCIONAL E SOCIOLÓGICO.

QUEM SOU EU...

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São Paulo, SP, Brazil
SOCIÓLOGA,HISTORIADORA, EDUCADORA E ARTISTA PLÁSTICA. Sou buscadora e curiosa por natureza. Sou bruxa, sem poções e crendices infundadas, observo e me integro à terra e aos seus movimentos. Amo a vida, os animais, plantas e a natureza. Solitária por vocação, pois nela busco forças e encontro repouso. Avessa aos ritos impostos e às convenções sociais, procuro a minha verdade. Sou arisca e desprezo dogmas, eles são a perdição da humanidade. Sou humana e falível. Busco o melhor de cada crença. deletando as manipulações. Amo o silêncio, a força da natureza e o equilíbrio cósmico, acho que sou inqualificável... Sou real e palpável, mas também sei ser etérea e indecifrável, se me convier. Amo o conhecimento, o mistério, as brumas da sensibilidade. Se quiser me conhecer melhor, siga-me...

BEM VINDOS!!!!!!

Sintam se à vontade nesse pequeno espaço onde compartilho minhas idéias, pensamentos, denuncio injustiças, lanço questionamentos, principalmente em relação ao universo feminino e toda a sua complexidade.
Minhas postagens são resultados de pesquisas na internet, caso houver algum artigo sem os devidos crédito, por favor me notifiquem para que eu possa corrigir uma eventual falta.
Obrigada por sua visita.

13 junho, 2010

PEDOFILIA II


O Fascínio de adultos por crianças é tão antigo quanto a humanidade. Pinturas que retratam homens mantendo relações sexuais com adolescentes existem desde a Grécia Antiga. Foi entre os gregos que surgiu o termo "efebo", que designa o jovem do sexo masculino que era iniciado na vida sexual por um homem mais velho.O casamento heterossexual apenas tinha efeitos práticos – o amor era considerado território para homens maduros e seus rapazes. Em alguns mosteiros budistas no Tibete, até hoje sobrevive uma tradição de novatos dormirem com monges mais experientes.

Conta-se que uma das esposas do profeta Maomé, era uma menina de 8 anos quando se casou com ele, que, na época tinha 53 anos de idade. Durante a Idade Média e o Renascimento, o ideal de beleza feminina era praticamente infantil: longos cabelos louros, maçãs do rosto salientes, atitude displicente. Grande parte das mulheres casava durante a puberdade.

Não por acaso, um dos pedófilos mais famosos da história, o escritor inglês Lewis Carroll (1862-1898), autor de Alice no País das Maravilhas (1865), costumava fotografar menininhas em parques, inclusive uma garota de 4 anos chamada Alicia Lidell, que mais tarde, inspirou a personagem do seu livro. Mesmerizado pela beleza provocativa de Alicia, o escritor a cortejava de forma quase acintosa – a ponto de a mãe da menina forçar o afastamento dos dois.

Em 1955, durante o romance Lolita, de Vladimir Nabokov, surgiu o termo "ninfeta", para garotas cuja idade vai de 9 a 14 anos e que enfeitiçam os homens com sua natureza "nínfica" (demoníaca). O vocabulário sensual havia ganho , numa só tacada, duas palavras essenciais para explicar o nosso imaginário.

Na vida real, o mundo dos espetáculos também arranja confusão em função do envolvimento de adultos com menores. Em 1977, o cineasta polonês Roman Polanski teve que picar a mula dos Estados Unidos depois de admitir ter feito sexo com uma garota de 13 anos. Na década de 90, o cantor Michael Jackson foi acusado de abusar de um menino de 12 anos. Duas vítimas na história do desejo proibido.

GRANDES AMANTE NA HISTÓRIA



Elas foram desprezadas, invejadas e difamadas. Passaram a vida cultivando ressentimentos e, após a morte, foram convenientemente esquecidas, embora não se lhes poupassem rumores, suspeitas calúnias e maledicências.



A influência que exerceram, na vida dos soberanos e da própria nação, são regalias que conquistaram à custa do próprio esforço e, é claro, algumas intrigas!



O Livro narra a história de cinco mulheres. Diferentes personalidades estilos e técnicas porém famosas pelo “status” único e indiscutível: Foram “amantes reais”. Ei-las: Diane de Poitiers consta que era muito bonita e inteligente mesmo casada foi amante de Henrique II, da França, vinte anos mais jovem que ela. ( O marido? o livro conta.) Neil Gwin padeceu uma infância de misérias e tornou-se uma atriz humilde; era apontada como “lasciva e ardente”. elevou-se à condição de “favorita” de Carlos II, Rei da Inglaterra, Escócia, Irlanda e parte da Itália.Madame de Pompadour, descendia da nobreza, era elegante e perspicaz em assuntos de política, transformou a vida de Luiz XV numa extravagante e permanente construção de castelos, o que irritou demais - e empobreceu- o povo francês. (hoje são um dos seus maiores orgulhos).Lola Montez, era volúvel e interesseira. Tinha verdadeira adoração pelo poder e não media esforços para conquistá-lo. Idealizou uma farsa para conquistar o já idoso Luis I da Baviera. Conseguiu subir ao trono e fez tal estrago...Maria Walewska, foi a idealista que se entregou aos carinhos de Napoleão para salvar a Polônia. Apaixonou-se irremediavelmente, e, de jovem patriota, passou a amante leal e circunspecta. Deu-lhe um filho ( Alexandre) e, por imposição da esposa do amante, casou-se com um homem 50 anos mais velho.



Cinco personagens profundamente comoventes, cada qual a seu modo, de mulheres que não foram “possuídas e descartadas sem zelo ou consideração, e não devem ser vistas simplesmente como “ a outra”.



Havia muito mais em jogo que um simples “caso” ou variantes às confusões e marasmos(?) domésticos da vida monárquica.



Diane de Poitiers, 1499-1566Todas representaram uma grande paixão; algumas o “grande amor” do soberano mas, de diferentes maneiras, cada uma delas mudou a vida do “Rei” e o próprio curso da história.

AISHA- A FAVORITA DO PROFETA



Entre as 13 esposas de Maomé, Aisha era a predileta. Ciumenta e inteligente, seus relatos da vida conjugal viraram modelos de conduta e influenciaram a tradição muçulmana

por Adriana Maximiliano
Aisha bint Abu Bakr tinha 6 anos e estava se divertindo num balanço, no quintal, quando soube que ia se casar. A mãe da menina deu a notícia e avisou que, a partir daquele dia, estava proibido "brincar fora de casa". O futuro marido era o melhor amigo do seu pai e tinha 51 anos. Em uma cerimônia sóbria, na casa da família da noiva, em Medina, Arábia Saudita, a união foi oficializada em 623 d.C. Ela contava 9 anos e se tornava a terceira mulher de Maomé, o criador do islamismo. Foi, para sempre, a preferida do seu harém. Quando perguntaram ao profeta a quem mais amava no mundo, ele foi direto: Aisha. Nos braços dela, morreu nove anos depois, e no quarto da favorita foi enterrado.




A vida de Aisha é tema de um polêmico romance lançado na Europa e nos Estados Unidos, The Jewel of Medina, da norte-americana Sherry Jones. A editora Random House desistiu da publicação, após ameaças terroristas, e a casa da dono da Gibson Square, Martin Rynja, que insistiu na iniciativa, sofreu uma tentativa de incêndio. Os críticos consideraram o livro uma piada de mau gosto. Sherry desenha Aisha como uma menina ocidental do século 21, caída de paraquedas no colo de Maomé.







Mas o que se sabe realmente sobre a história dessa jovem? Segundo uma das principais biógrafas das esposas de Maomé, Nabia Abbott, a menina e o profeta costumavam tomar banho juntos e até brincavam de boneca. Foi ao lado dela que ele teve a maior parte de suas revelações, as verdades fundamentais que iriam compor o Corão. E a própria Aisha contou que Maomé gostava de rezar com a cabeça recostada em seu colo, enquanto suava vigorosamente e ouvia sinos tocar. Embora sejam escassos os registros sobre a aparência física da jovem, provavelmente de cabelos e olhos castanhos, como a maioria das moças árabes, os textos apontam pelo menos uma diferença entre Aisha e as outras 13 esposas (e duas concubinas): era a mais jovem e foi a única a casar virgem.



Mel e ciúme



O casamento com crianças era comum na época e Aisha jamais se lamentou. Pelo contrário, era possessiva e ciumenta. Uma vez, armou um plano para afastar o marido de sua quarta esposa, Hafsa, com quem ele andava se demorando mais do que o costume. O profeta adorava doce e Hafsa havia ganhado um pote de mel, verdadeiro motivo das atenções especiais que vinha recebendo. Aisha, então, chamou outras duas esposas, Sawda e Safiyya, e combinou que todas deveriam reclamar do hálito do esposo e culpar a alimentação das abelhas pelo cheiro ruim. Deu certo. Ele ficou cismado e não quis mais o mel de Hafsa.
Mas o que assombrava mesmo Aisha era o fantasma de Khadija bint Khouweylid, a primeira esposa de Maomé, rica, mais velha que ele e morta três anos antes do casamento da menina. Roía-se de ciúme porque o marido fora fiel a Khadija, que, por sua vez, o ajudara a fundar o islamismo. Foi para ela que ele primeiro contou sobre a visão do anjo Gabriel. Tiveram seis filhos - dois meninos, que morreram, e quatro meninas. Maomé seria pai somente mais uma vez, com uma de suas concubinas - mas o menino, Ibrahim, também morreria na infância.

Um mês depois da morte de Khadija, no ano 619, Maomé decidiu se casar de novo, por sugestão de uma tia, Khawla bint Hakin. Ela também sugeriu opções de noiva: "Se quiser uma virgem, [case] com Aisha, filha de seu amigo Abu Bakr. Se quiser uma não-virgem, com Sawda". Viúva vinda da Abissínia, a segunda indicação da tia do profeta aceitou de pronto o pedido, e eles se casaram.

Abu-Bakr, que era então o mais importante aliado de Maomé, também concordou em ceder a filha. Mas Aisha estava prometida a outro e era necessário desfazer o compromisso. Foi fácil. Os pais do menino eram cristãos e cancelaram o trato com alívio. Assim, começaram as visitas diárias do novo pretendente à namorada.

A união aconteceu logo depois da mudança de Meca para Medina, fugindo da perseguição dos judeus. Chamado de hégira, o êxodo de Maomé e de seus seguidores inaugurou o islamismo, em 622 da era cristã. A fuga deu início ao calendário maometano e fim à infância de Aisha. “Nenhum camelo ou ovelha foi sacrificado no meu casamento”, contaria ela. Todas as atenções estavam concentradas em consolidar a nova religião.

Em Medina, ele construiu apartamentos de tijolo para cada uma das esposas. O local onde ficava o de Aisha, hoje, é a Mesquita de Medina. Ninguém imagine um palácio. “Os apartamentos das mulheres de Maomé eram tão pequenos que mal se podia ficar de pé dentro deles. Ele não tinha casa. Passava cada noite com uma esposa e o apartamento dela virava a sua residência durante o dia”, escreveu Karen Armstrong no livro Muhammad: a Prophet for our Time (“Maomé: um profeta para o nosso tempo”), sem edição em português.




Divórcio coletivo







Fora Aisha e Khadija, todas as mulheres de Maomé eram viúvas de aliados, que ele desposou para não deixá-las desamparadas. A menina, diferentemente, não foi escolhida por conveniência. E seus privilégios logo ficaram evidentes. Assim que Aisha entrou na vida do profeta, ele passou a evitar Sawda, que, com medo de ser abandonada, cedeu à rival seu dia (e noite) com o marido, garantido por direito. A história inspirou o versículo 128 da surata (capítulo) do Corão: “Se uma mulher notar indiferença ou menosprezo por parte de seu marido, não há mal em se reconciliarem amigavelmente, porque a concórdia é o melhor, apesar de o ser humano, por natureza, ser propenso à avareza”.







Os textos da Suna, código de ética islâmico, do século 8, também destacam o favoritismo. “A superioridade de Aisha em comparação às outras mulheres é como a do tarid [um prato de pão e carne que ele adorava] em relação a outros tipos de comida. Muitos homens alcançam esse nível de perfeição, mas nenhuma mulher o conseguiu, exceto por Maria, filha de Imran, e Asia, a mulher do Faraó”.

A preferência, contudo, nunca significou exclusividade. Quando Aisha perguntou ao profeta quem seria a sua mulher no paraíso, ele avisou: “Você será uma delas”. E, numa crise entre as esposas, ele até ameaçou se separar de todo o harém: ou as mulheres aceitavam suas condições ou ia pedir o divórcio. Diversas versões explicam a medida drástica. Segundo uma delas, Aisha e Zeinab bint Khuzainah, a quinta esposa, começaram uma disputa por animais abatidos. Outra versão diz que a quarta esposa, Hafsa, flagrou Maomé com uma concubina no dia de Aisha e contou a ela. Ao retornar das montanhas, um mês depois, nenhuma quis deixá-lo.

Maomé morreu deitado no chão do quarto de Aisha, com a cabeça no colo dela, em 632. As outras mulheres consentiram que, enquanto tratava de sua doença misteriosa, ficasse com a esposa preferida. O corpo foi enterrado no mesmo cômodo, que passou a ser chamado de Quarto Sagrado.

Com a morte do marido, Aisha se dedicou aos estudos. Tinha 18 anos, mas não teve filhos e foi proibida de casar de novo. Assim como as outras, não recebeu herança do profeta, que doou seus bens para caridade. Mas, pelo Quarto Sagrado, ganhou 200 mil dirhams, tanto dinheiro que precisou de cinco camelos para transportá-lo. As viúvas ficaram conhecidas como Mães dos Crentes e eram muito respeitadas. Em 641, começaram a receber uma pensão do Estado. Por ter sido a favorita, Aisha ganhava mais.

O pai da jovem esposa, Abu Bakr, virou o primeiro califa, sucessor do profeta e com poderes sobre todos os muçulmanos. O posto só foi extinto em 1924, quando a Turquia aboliu o Império Otomano. Mas, até lá, as disputas deixaram marcas. O quarto califa, Uthman ibn Affan, governou por 12 anos conturbados, até ser assassinado e substituído por Ali ibn Abu Talib, primo e genro de Maomé, marido de sua filha Fátima, e um antigo desafeto de Aisha.

Na guerra civil contra Ali, ela protagonizou, em 4 de dezembro de 656, sua primeira e única experiência militar. Por causa de Aisha, o confronto ficou conhecido como a Batalha do Camelo. A viúva poderosa foi à praça de guerra em seu camelo, Askar, dar apoio moral aos aliados, escondida por trás dos véus da sua howdah (o assento alto, usado sobre a sela). Mas Ali a descobriu e ordenou a todos os seus homens que atacassem Askar. O camelo e centenas de soldados morreram e Aisha acabou presa. Os muçulmanos, daí em diante, iriam se dividir entre xiitas, partidários de Ali, e sunitas, do rival Amir Muwiya.

O desastre no campo de batalha afastou Aisha da política e serviu de pretexto para que, no século 10, os muçulmanos atribuíssem à mulher um papel desbotado, escondida sob véus da cabeça aos pés. Na época de Maomé não era assim. Suas esposas usavam véus discretos, cobrindo o colo e apenas parcialmente a cabeça. Aisha morreu em 678, de doença desconhecida. 

LOLITA - PEDOFILÍA NA LITERATURA

Lolita é o título de um romance em língua inglesa, de autoria do escritor russo Vladimir Nabokov, publicado pela primeira vez em 1955.




O romance é narrado em primeira pessoa pelo protagonista, o professor de poesia francesa Humbert Humbert, que se apaixona por Dolores Haze, sua enteada de doze anos e a quem apelida de Lolita. O professor, que já conta com uma certa idade, desde o início se define como um pervertido e aponta como causa um romance traumático em sua juventude.
Mas em função do início chocante, sem dúvida o livro ficou famoso como um dos romances mais polêmicos já publicados, tanto que antes de chegar ao público, foi rejeitado por diversas editoras.
A obra conta com diversas qualidades literárias e uma estrutura curiosa, que pode ser interpretada como uma mistura de diversos estilos cinematográficos: do início psico-erótico típico de um filme europeu, a história passa para um drama de periferia quando o professor vai morar em New Hampshire. Depois a ação lembra um road movie, com uma longa viagem de carro; passa para um romance de mistério, com o enigma de um perseguidor oculto; e no final se torna um drama policial, ao estilo de um filme noir.

PEDOFILIA I




Alice Pleasance Liddell (4 de Maio de 1852 – 15 ou 16 de Novembro de 1934) era filha do deão da Christ Church (origem da futura Universidade de Oxford), onde Charles Lutwidge Dodson lecionava matemática. Ele ficou mais conhecido pelo seu pseudônimo, Lewis Carroll, com o qual publicou dois livros infantis, “Alice no país das maravilhas” (1865) e “Através do espelho” (1872), ambos escritos sob inspiração de Alice Liddell.
Alice Liddell nasceu em 4 de maio de 1852 e foi a segunda filha (terceiro filho) de Henry George Liddell, deão da Christ Church College, em Oxford, na Inglaterra. Em fevereiro de 1856, Henry Liddell assumiu o cargo de deão, e Charles Dodgson, na época bibliotecário da Christ Church, conheceu Alice e apaixonou-se. Ela tinha apenas 3 anos de idade. Ele a encontrou em 25 de abril, quando ela participava de uma sessão de fotos com seu amigo Reginals Southey. Ele pode fotografá-la, junto com suas duas irmãs em 3 de junho.
O envolvimento platônico de Dodgson com crianças é bem conhecido, embora a palavra “pedofilia” soe forte hoje em dia. Alice tornou-se a maior paixão de Dodgson e fonte constante de inspiração para seus dois mais conhecidos livros, embora ao final da escrita de “Alice no país das maravilhas” a amizade estivesse diminuindo. Alice tinha 20 anos de idade quando o Príncipe Leopoldo (o filho mais novo da Rainha Victória) chegou na Christ Church, tendo sido aluno de 1872 até 1876. Houve rumores de um romance entre ambos.
Em 1880 Alice se casa com Reginald Hargreaves. Dodgson não estava presente no casamento, mas enviou a ela, por meio de um amigo, um presente. Ela teve três filhos, os quais viveram com ela até sua morte em Hampshire. Curioso que ela tenha chamado seu primeiro filho de Leopoldo, e o Príncipe tenha chamado sua filha de Alice. Durante sua vida ela dedicou-se, em parte, a divulgação dos contos infantis feitos sob sua inspiração.

Para muitas pessoas a palavra pedofilia e o crime de abuso sexual contra crianças e adolescentes parecem novidades surgidas em nossos dias. Entretanto, essa expressão e pratica abusiva contra seres humanos datam de tempos remotos. A palavra tem origem no vocábulo grego "paidóphilos", com o significado de "pai do filho ou amigo da criança".
Conforme literalidade do termo a pedofilia deveria ser apenas e tão somente, o sentimento de profunda amizade entre um adulto e uma criança em formação.
Em muitas civilizações do passado esta prática sexuale abusiva contra crianças fazia parte do costume e da cultura popular. Como também, sacrificarem crianças aos ídolos e deuses cultuados e reverenciados por eles.
Cita-se como exemplo, o caso do profeta islâmico Maomé[2] que, depois da morte de sua primeira esposa – Cadija -, viria a casar-se com outras quinze mulheres. A maioria destas mulheres eram viúvas de companheiros do profeta árabe e tinham idades avançadas. Nesses casos, o casamento com o profeta surgia como uma forma de garantir proteção e estabilidade econômico-financeira. Em outros casos os casamentos serviram para cimentar alianças políticas.
Uma exceção se deu com uma das esposas mais importantes de Maomé – Aicha -, a sua segunda esposa, que tinha 6 (seis) anos de idade na altura do seu noivado com Maomé e, segundo registros históricos, 14 (quatorze) anos na altura de seu casamento com o profeta. Registra-se que nesta época Maomé passava dos 40 (quarenta) anos de idade.
Quanto aos sacrifícios humanos, deve ser ressaltado que foram praticadas grandes crueldades contra crianças e adolescentes no passado. Dentre as várias civilizações primitivas tidas como religiosas, pode-se citar os Druidas, sacerdotes celtas que tinham o fogo como sagrado, faziam suas adorações nas florestas e, em determinadas ocasiões realizavam sacrifícios humanos, queimando, afogando ou enforcando suas vítimas. Geralmente estas pessoas eram tachadas como criminosas ou prisioneiros de guerra.
Os Druidas tinham também como prática antiga, a realização da festa deHalloween(2000 a.C.) em honra ao deus Samhain, o senhor dos mortos, celebrada nas primeiras horas do dia 1º de novembro, ou seja, na noite de 31 de outubro.Estima-se que todos os anos nesta data (31/10), isto é, no "Dias das Bruxas", muitas crianças são raptadas ou seqüestradas de seus lares, para serem oferecidas em rituais satânicos por praticantes do ocultismo[3] ou outras práticas religiosas pagãs. Os sacerdotes druidas ofereciam crianças em sacrifícios, crendo que só assim, sacrificando o "fruto do corpo" (os filhos) satanás receberia o holocausto e os perdoaria dos pecados da alma.
Há vários registros em narrativas histórico-bíblicas envolvendo os povos Hebreus (ou Judeus) do Antigo Testamento, dando conta de sacrifícios humanos praticados contra crianças. Como a transcrita no livro de 2º Reis, 21.6: "E até fez passar a seu filho pelo fogo, e adivinhava pelas nuvens, e era agoureiro, e instituiu adivinhos e feiticeiros, e prosseguiu em fazer mal aos olhos do Senhor, para o provocar a ira". E, também, no livro de 2º Crônicas, 28.3: "Também queimou incenso no vale do filho de Hinon, e queimou os seus filhos no fogo, conforme as abominações dos gentios que o Senhor tinha desterrado de diante dos filhos de Israel".
As duas narrativas históricas apresentadas, registram práticas de arbitrariedades cometidas pelos reis de Judá e Jerusalém - Acaz e Manassés -, respectivamente, contra seus próprios filhos. Destaca-se que essa prática nefasta, fazia parte da cultura e religiosidade daquela civilização, como uma forma de reverenciar e aplacar a ira de seus deuses.
2.O Presente
Nos dias atuais, os escândalos que estão sendo divulgados pela imprensa em toda parte do universo, envolvendo membros da Igreja Católica (padres, bispos, arcebispos etc.) pela pratica de pedofilia contra crianças e adolescentes, tem deixado a população perplexa, haja vista que pessoas que se dizem representantes do "próprio Deus', estão praticando atrocidades contra pessoas ingênuas e indefesas. Esses monstros e psicopatas aproveitam-se de sua posição eclesiástica, para praticarem esses abusos dentro dos muros ou paredes dos monastérios (igrejas).
Na área da psiquiatria a pedofilia é definida como uma perturbação mental no indivíduo. É  resultado da história pessoal e de todo um contexto social. Os impulsos sexuais ocorrem de forma repetitiva e intensa, implicando geralmente na atividade sexual com uma criança. Esta característica o diferencia do popularmente chamado agressor ou abusador sexual, que nem sempre é um pedófilo.
Para a psicologia, a pedofilia é um distúrbio que ocorre independentemente de outras práticas sexuais. Resta frisar que nem todo pedófilo é celibatário, como também nem todas as pessoas que optam pelo isolamento sexual são homossexuais.
No entendimento do psicólogo Marcelo Markes, os perfis psicológicos do abusador sexual e do pedófilo são diferentes. O primeiro tem como característica acontecer mais no ambiente familiar, e geralmente é praticado pelo padrasto, pai, tio, irmãos, primos ou pessoas muito próximas da família e da criança. Neste caso, o agressor pode levar uma vida aparentemente normal. O agressor sexual jamais se excitaria olhando a foto de uma criança tomando banho numa banheira. O universo psicológico dele envolve a sedução e a submissão da criança e pode envolver atos de violência.
Segundo Markes, o pedófilo recorre à antigüidade grega para explicar seu comportamento sexual com crianças e adolescentes, lembrando que a iniciação sexual da criança na Grécia era feita por um adulto, e que nossas avós e bisavós se casavam aos 12 anos de idade. Estima-se que em alguns países, mesmo em pleno Século XXI, preservem o costume e a cultura dos contratados de casamentos que são acordados entre os pais. Alguns desses matrimônios são realizados com meninas entre 8 (oito) a 12 (doze) anos de idade. No entanto, seus futuros maridos são de idades bem mais avançadas.
Os pedófilos acreditam que com suas ações, não estejam fazendo nada de errado ou cometendo qualquer crime ou algo que venha a agredir a criança ou o adolescente. Eles, muitas vezes, nem chegam a ter relações sexuais (oral, anal ou vaginal). Realizam-se por apenas fotografarem as crianças nuas ou se exibem sexualmente para que elas presenciem a cena, momento em que se excitam diante da situação. Acentua-se que esta prática constitui crime, nos termos do Art. 218-A, da Lei nº 12.015/2009, verbis:
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
A Revista Veja, em sua edição de 21 de abril de 2010, apresentou matéria sobre o celibato e a pratica de pedofilia por membros da Igreja Católica. Parece que foi aberta a caixa de pandora[4] desta instituição milenar, mas que sempre manteve certa restrição e um distanciamento social quanto as suas origens e práticas religiosas. Trouxe como destaque a declaração do secretário de estado do Vaticano, Tarciso Bertone, descartando a possibilidade de a Igreja Católica rever as regras do celibato, conforme sugeriram alguns bispos e padres europeus. Diante da negativa, reascendeu os inúmeros casos de abusos do passado e de outros mais recentes praticados por renomados membros religiosos.
Nesse sentido, oportuno apresentar o seguinte questionamento: porque um padre ou uma pessoa adulta, quando sente o desejo de satisfazer-se sexualmente e não consegue resistir e controlar este impulso sexual, não procura uma pessoa adulta para realizá-lo? Deve ser salientado que na atualidade, o comportamento sexual da população encontra-se totalmente pervertido e banalizado. Em qualquer esquina de rua, em qualquer parte do mundo, contratar uma mulher adulta para satisfação sexual, tornou-se uma ação de maior facilidade.
O que tem aumentado a insatisfação e indignação social volta-se para o comportamento adotado pela cúpula da instituição eclesiástica que, em confirmando o abuso cometido por partes de seus membros, costuma transferi-los de paróquias. Assim, esses abusadores sexuais ou pedófilos, recebem as benesses de ter novas vítimas para molestar e, quando muito, pegam a pena administrativa máxima – a excomunhão. Não se pode olvidar, que esses abusos se amoldam a crimes capitulados em nosso ordenamento penal. Sendo assim, os autores (quaisquer que sejam ou cargos que ocupem) devem passar por todo o tramite processual e, em se confirmando o crime e sua autoria, devem receber do por parte do Estado-jurisdição a pena estipulada pela lei.
Não se tem uma fórmula para identificar a pessoa com tendência à pedofilia, mas os especialistas traçam algumas características do seu perfil, que podem dar o sinal de alerta para os pais ou responsáveis pelas crianças; são elas:
. Geralmente, o pedófilo é do sexo masculino e tem mais de 30 anos;
. Possui poucos amigos em sua faixa etária;
. Se casado, a relação é pautada no companheirismo, com quase nenhuma relação sexual;
. É fascinado por atividades de crianças;
. Descreve as crianças como puras e angelicais, mas, na maioria das vezes, é impuro e agressivo;
. Busca envolver-se com brincadeiras de criança (colecionar brinquedos, carrinhos e bonecas);
. Procuram atuar e trabalhar em atividades que envolva contato diário e direto com crianças e adolescentes, como escolinha de futebol, natação, recreação, professores (dança, artes, musica etc.), pediatra, padres, entre outras.
Por fim, os pedófilos ou abusadores sexuais, escolhem e selecionam crianças tímidas, vergonhosas, pobres ou com poucos privilégios familiares e sociais. Ele as alicia com atenção e promessas, dando presentes, roupas, viagens ou levando para passeios aos lugares desejáveis por qualquer criança, como parques de diversões, circos, teatros, praias, cinemas etc.
Fica assim, um alerta para os pais, para a sociedade e para as autoridades publicas de nosso Brasil, na tentativa de alertá-los e conscientizá-los da gravidade do problema acerca desses homens inescrupulosos, que fazem de tudo para terem saciados seus desejos carnais e sexuais, não importando quais sejam as conseqüências causadas às vitimas.
EDUARDO VERONESE DA SILVA

RITO DA MENOPAUSA


AA

A menopausa – e a vida da mulher após esta transição - tem múltiplos significados. O mais simples é o biológico, assinalando o fim da fase fértil, as mudanças hormonais, as alterações físicas, psíquicas e emocionais. Outro aspecto, que pesa muito para a mulher moderna, é o medo da perda da juventude, da beleza, a diminuição da sua sexualidade e feminilidade. Ao aceitar os conceitos culturais e comportamentais da sociedade atual, a menopausa torna-se um vaticínio sombrio para a mulher que teme perder seus encantos, seu poder ou sua capacidade de realização. Mas há ainda, um outro aspecto mais profundo e complexo, de significado espiritual, que pode transformar o processo da menopausa em um verdadeiro rito de passagem.

A mulher não tem escolha em relação à ocorrência da menopausa, mas ela pode escolher suas atitudes e conceitos a respeito do fato, bem como os significados e os novos valores que esta fase da sua vida pode lhe trazer.

Nas sociedades antigas, as mulheres idosas desfrutavam de privilégios e posições de destaque, detendo o poder sacerdotal e curador e a responsabilidades das decisões nos conselhos da comunidade. As sacerdotizas oraculares de Delfos, na Grécia, eram escolhidas entre as mulheres pós-menopausa. Nas “Casas de Conselho” dos povos nativos, as anciãs têm lugares de honra e o poder de escolher os chefes do clã.

Com o advento do patriarcado e principalmente com as perseguições da Inquisição, as mulheres sábias (parteiras, curandeiras, rezadeiras, profetizas, adivinhas), começaram a ser perseguidas, difamadas e por último proibidas de exercerem seus dons. Criaram-se lendas e histórias grotescas denegrindo as figuras das bruxas corcundas com pêlos no rosto e verrugas no nariz, sinais de envelhecimento da mulher. Na verdade, o que a sociedade patriarcal e a Igreja temiam, era o poder e a sabedoria das mulheres que representavam o terceiro aspecto da Deusa – o da Anciã.

Após o ostracismo a que foi relegada nos últimos 3000 anos a figura da Matriarca e da Mulher Sábia ressurge atualmente pelo movimento da espiritualidade feminina, devolvendo à mulher pós-menopausa a dignidade, o valor, o respeito e o reconhecimento de sua sabedoria.

Diferente da mulher que menstrua e que entra em contato com o seu poder interior durante a sua fase menstrual, a mulher pós-menopausa tem acesso permanente aos planos sutis, podendo ultrapassar o limiar entre os mundos sempre que quiser, não mais restringida pelo seu ciclo. Adquirindo essa nova habilidade da percepção constante dos dois mundos (o da realidade comum e o incomum, ou astral), a mulher, ao guardar seu sangue e não mais vertê-lo, torna-se uma curadora, xamã, profetiza ou sacerdotiza em potencial. Era este o dom que era reconhecido e valorizado antigamente, quando as mulheres idosas eram respeitadas como conselheiras, guardiãs das tradições, intermediárias entre a comunidade e os espíritos ancestrais, mestras nas curas, oráculos e nos ensinamentos passados para as novas gerações.

Os ritos de passagem da menopausa marcam a transição da mulher da sua antiga percepção do mundo e o despertar para a nova realidade do mundo sutil. Aceitando este processo de morrer para o passado, mergulhando profundamente na escuridão dos seus medos, ela pode renascer como uma Mulher Sábia, representante da face escura da Deusa, conselheira e guia para as mulheres mais jovens. 

RITOS DE PASSAGENS I






  Atualmente a mulher quando entra na menopausa se considera vencida, inapta, uma entrada na velhice. No passado dava-se o inverso, isso era evento a ser comemorado como o primeiro passo dado na entrada do mundo da sabedoria. Por isso havia em muitas culturas um ritual apropriado, “Rito de Passagem para a era da Sabedoria” – RPS – direcionado ao despertar de potencialidades latentes para a nova etapa vital.
Num ritual de passagem é muito enfatizado o lado energético e psíquico da pessoa. É um meio de ativação do poder latente que existe no ser, uma forma de despertar qualidades, muitas vezes, não suspeitadas.
É muito importante que os principais estágios da vida sejam claramente assinalados, principalmente no tempo que vivemos. Hoje a mulher pela pressão da opinião alheia, pelos interesses comerciais ligados a tratamentos hormonais, e pela desinformação, vivencia angustias atribuídas à menopausa; a ignorância sobre o seu significado tem sido a principal causa da menopausa ser considerada um terrível pesadelo, o terror da mulher de meia idade. Ela acredita estar prestes a perder sua atratividade como mulher, a não mais ser desejada, sem o brilho da juventude. Na verdade é ridículo uma jovem querer se passa por madura, e assim também o inverso. Cada coisa há seu tempo; as manifestações da vida não devem ser aceleradas e nem retardada.
Todos os principais estágios da vida: menarca, menstruação, gestação, maternidade, e menopausa precisam ser claramente marcados, para o despertar do lado oculto que cada uma dessas fases encerra. Isso faz com que rituais adequados devem ser praticados.
Fazer rituais de passagem é um caminho para fortalecer a ligação da pessoa com “Teia da Vida”. Atualmente precisamos mais do que nunca desses rituais, mais ainda do que os nossas ancestrais, por causa do desconhecimento generalizado de conhecimentos ligados à integração do ser com a natureza. Um Ritual de Passagem é a forma mais segura reintegração da pessoa com o a natureza que sempre existiu no passado e da qual ela faz parte. Isso atinge fortemente a mulher que, ou por quase nada conhecer de seu organismo, ou por conhecer apenas aquilo que é citado pela ciência se vem se divorciando cada vez mais de sua própria natureza.
A desconexão da mulher com a natureza faz com que ela venha perdendo toda a magia, beleza, poder e sabedoria inerentes à menstruação, à gravidez, ao nascimento, e à menopausa. Conhecimentos que foram perdidos e negligenciados no mundo atual e que hoje não faz mais parte da maneira de viver.
A menopausa pode e deve ser experimentada como um dos momentos mais emocionantes da vida feminina, por isso no passado em inúmeras sociedades era usualmente celebrado para assinalar a entrada na fase da sabedoria. Hoje somente em comunidades nativas o ritual de passagem da menopausa ainda é praticado.
Sibila é o nome dado às mais celebres profetisas da Antiga Pérsia, Líbia e especialmente Grécia. Foi na Antiga Grécia onde mais floresceram as pitonisas, sendo a mais famosa de todas a Pitonisa de Cumes. Para a prática da arte adivinhatória era mais requerido à mulher, pois só elas trazem consigo os mistérios do sangue menstrual, da gravidez e do parto, maior quantidade de energia sutil. Na verdade existiram pitonisas de varias idades, mas as mais famosas foram as mais idosas. O poder de uma pitonisa aumentava com o tempo. Isso ainda é falido atualmente, indagamos qual a preferia uma vidente, cartomante ou similares jovem ou idosa? Na verdade se põe mais fé na idosa, e não é sem razão, pois ela tem os dois níveis de maior poder: menstruação e climatério.
A todo processo mágico está inerente um poder que pode ser despertado ou incrementado por rituais especiais, daí a necessidade de certos rituais especiais para determinadas situações ou fase da vida.
Fazer rituais de passagem é um caminho para fortalecer a crença na ligação do ser com a “Teia da Vida” Atualmente precisamos mais do que nunca desses rituais, mais ainda do que os nossas ancestrais, por causa de conhecimentos parciais sobre as condições da vida que afasta o ser humano da mãe natureza. O ser humano de hoje é um filho pródigo da Mãe Natureza. Isso atinge fortemente a mulher que só conhece o aspecto estudado pela ciência oficial ignorando totalmente o lado oculto do seu organismo que não é mencionado pela ciência. Assim ela perdeu toda a magia, beleza, poder, e sabedoria inerente ao orgasmo, à menstruação, à gestação, ao nascimento, e à menopausa. Conhecimentos fundamentalmente importantes que foram perdidos e negligenciados no mundo atual.
A entrada na menopausa deve ser tida como um dos momentos mais emocionantes da vida da mulher. Na menopausa ela não terá que sangrar, nutrir a terra com seu sangue; não necessita compartilhar do seu corpo para ajudar a criar uma vida nova. Os ciclos básicos da vida permanecem os mesmos séculos a fio, mas os medos, as dúvidas, as doenças, o desânimo, a depressão aumenta com a idade tudo isso acaba por se manifestar se não foram descartados, e a mulher, mais que o homem conta para isso com a menstruação.
A menopausa é uma fase em que muitas mulheres vivenciam a como crise, assim como o parto, o casamento e a menarca. Muitas sociedades assinalam essas etapas com rituais, são os chamados Ritos de Passagem, e que marcam a ruptura de uma fase para o surgimento de outra. Acontece que se pode sair de uma dessas crises ou bem fortalecido, ou muito traumatizado. Isso mostra á mulher que a ela resta escolher o caminho a ser iniciado, a ser percorrido; na menopausa, o caminho da depressão ou o da sabedoria.
Se a mulher durante sua vida se preparou para o climatério, ela inicia essa fase como detentora de grande poder pessoal e sabedoria. Se não se preparou, nem tudo está perdido, pois ela pode de certo modo compensar. O pior é se sentir sem finalidade, por isso ela deve procurar se encontrar com alguma coisa produtiva.
O Climatério é a época mais indicada para o exercício de alguma atividade que antes não foi possível por muitas razões. Pode ser estudar, exercer alguma arte, escrever, orientar pessoas, e inúmeras outras atividades inerentes aos mais diversos tipos de atividades. Chegou o momento para ela aprender tudo isso que estamos falando, se encontrar na menopausa com aquilo que perdeu no período fértil, partir para se integrar e cumprir alguma de suas grandes finalidades. Agindo assim ela não entra em depressão, se sente útil, sai da minusvalia, renova o seu amor próprio, supera a baixa de sua auto-estima. O ideal é se integrar a um grupo de mulheres que pratiquem rituais especiais, tal como acontecia na Civilização Céltica e ainda hoje usado em grupos isolados.
As injunções no mundo atual levam as pessoas a um afastamento do lado natural da existência. Tudo isso contribui para que as pessoas hoje vivam uma sensação de separação, de isolamento, a par de um sentimento de que deve existir um sentido maior da vida. Resposta para isso pode ser encontrada em algumas doutrinas e despertadas as soluções em rituais.
Transcrevemos o que escreveu Luciana Bugni no jornal Diário de Grande ABC:
“Os rituais podem trazer a consciência de que somos apenas um microcosmos, de que somos até algo maior, de que somos filhos da Terra, parte de uma terra viva, de um organismo. Somos parte desse organismo e temos que interagir com as outras partes”. “Praticar festivais permite, ao buscador, compreender melhor a linguagem do inconsciente, uma comunicação no nível mais profundo de seu próprio ser. O festival cria uma atmosfera sagrada que nos faz ir além do racional e nos modificarmos profundamente através do amor e da gratidão, possibilitando a obtenção de resultados além do esperado”.
Num organismo uma parte está mais integrada com outras, assim também na natureza. A mulher está mais integrada com a terra no que diz respeito à geração. A terra é a “mãe” provedora de toda vida, tal como a mulher. A Mãe Natureza sempre está mostrando por meio de exemplos vivenciais, o que a mulher deve fazer. Os rituais de passagem femininos servem para lembrar isso, o real sentido do papel que a mulher deve exercer, os poderes que ela tem. Mais que lembrar duas capacidades, serve para despertar poderes latentes. A pessoa no ritual de passagem pode sentir o seu lado divino, o lado sagrado das coisas; perceber novas dimensões, perceber o sentido que estiver faltando em sua vida.
A menopausa simbolicamente está relacionada com a “Deusa Anciã” cultuada sob diversos aspectos em muitas culturas. A “Deusa Anciã” representa a mulher sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, o ocaso, a terra. Para muitos povos que ela simbolizava a Senhora da Morte (A ceifadora) aquela cuja ação é preciso para dar continuidade ao ciclo existencial. Se para uns ela representa a “ceifeira”, a senhora da morte, o outro, como polaridade oposta representa o renascimento, o elo entre duas vidas. Na menopausa ela simboliza a morte da mulher fértil e o nascimento da mulher sábia e poderosa.
Esse título de “Ceifeira” sempre foi evitado ser citado, isso porque tudo o que diz respeito à morte, as pessoas repudiam. Mas não é justo essa aversão, pois o que seria de nós se não existisse a morte? Sem ela não poderíamos renascer, recomeçar para corrigir. Devemos compreender que não podemos ser a única coisa no universos, a não participar do processo da vida – morte – renascimento. Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, e da colheita, para que haja novo plantio.

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