PENSAMENTOS, DEVANEIOS E INQUIETAÇÕES

CRÔNICAS DO COTIDIANO, DO PONTO DE VISTA FEMININO,ARTÍSTICO, FILOSÓFICO, EMOCIONAL E SOCIOLÓGICO.

QUEM SOU EU...

Minha foto
São Paulo, SP, Brazil
SOCIÓLOGA,HISTORIADORA, EDUCADORA E ARTISTA PLÁSTICA. Sou buscadora e curiosa por natureza. Sou bruxa, sem poções e crendices infundadas, observo e me integro à terra e aos seus movimentos. Amo a vida, os animais, plantas e a natureza. Solitária por vocação, pois nela busco forças e encontro repouso. Avessa aos ritos impostos e às convenções sociais, procuro a minha verdade. Sou arisca e desprezo dogmas, eles são a perdição da humanidade. Sou humana e falível. Busco o melhor de cada crença. deletando as manipulações. Amo o silêncio, a força da natureza e o equilíbrio cósmico, acho que sou inqualificável... Sou real e palpável, mas também sei ser etérea e indecifrável, se me convier. Amo o conhecimento, o mistério, as brumas da sensibilidade. Se quiser me conhecer melhor, siga-me...

BEM VINDOS!!!!!!

Sintam se à vontade nesse pequeno espaço onde compartilho minhas idéias, pensamentos, denuncio injustiças, lanço questionamentos, principalmente em relação ao universo feminino e toda a sua complexidade.
Minhas postagens são resultados de pesquisas na internet, caso houver algum artigo sem os devidos crédito, por favor me notifiquem para que eu possa corrigir uma eventual falta.
Obrigada por sua visita.

09 janeiro, 2012

ANNA PAVLOVA



Anna Pavlova
А́нна Па́вловна Матве́евна Па́влова
Anna na peça A filha do Faraó (1910)
Nome completoAnna Pavlovna Matveïevna Pavlova
Nascimento12 de Fevereiro de 1881
São Petersburgo
Russian Empire 1914 17.svg Império Russo
Morte23 de janeiro de 1931 (49 anos)
HaiaHolanda do Sul
 Países Baixos
Ocupaçãobailarina
Anna Matveievna Pavlova foi uma bailarina russa, nascida em São Petersburgo, a 31 de janeiro (segundo o calendário juliano) ou a 12 de fevereiro(pelo calendário gregoriano) de 1881 e falecida na Haia, em 23 de janeiro de1931. De talento e carisma excepcionais, fascinou o mundo da dança no fim doséculo XIX e na primeira metade do século XX. Seu extraordinário talento e suas interpretações extremamente pessoais deram um novo sentido ao balé clássico. Também era conhecida como Anna Pavlovna Pavlova.

Biografia



Anna Pavlova em "A Morte do Cisne"
Nascida de mãe solteira, no seio de uma família de camponeses pobres, não gostava de falar de seu pai, afirmando que ele morreu quando tinha dois anos de idade. Os historiadores afirmam que ele era um soldado judeu quando do seu nascimento e mais tarde um comerciante. Aos oito anos, como presente de aniversário, sua mãe a leva para assistir ao espetáculo de balé:"A Bela Adormecida" no teatro Mariinsky. Emocionou-se tanto, que decidiu a partir daquele dia se dedicar à dança.
Tentou então ingressar na Escola Imperial de Balé de São Petersburgo, mas foi rejeitada devido a sua tenra idade e baixa estatura. Em 1891, aos dez anos, conseguiu ingressar na academia. Desde cedo, revelou um grande talento para a dança clássica.

Anna Pavlova como Giselle, Ato I (ano 1900)
Em sua formação, teve aulas com os mais famosos professores da época: Pavel Gerdt, Christian Johansson, Ekaterina Vazem, Nikolai Legat.
Graduou-se em 1899 aos dezoito anos de idade. Em seguida, ingressou no corpo de balé do "Balé Imperial Russo" de São Petersburgo. Era o começo de sua carreira de sucesso. Seu palco nesta época era o teatro Mariinsky.
Carismática, caiu no gosto do Maestro Marius Ivanovich Petipa, galgando rapidamente posições de destaque entre as bailarinas: em 1902 era segunda solista; em 1905 "Première Danseuse" e finalmente em 1906 "Prima Ballerina".
No final do século XIX o ideal da bailarina era ter corpo compacto e musculoso, para poder atender aos requisitos de técnica e performance nas danças. Anna Pavlova mudou esta visão. Por sua figura feminina, graciosa e delicada e por seu modo personalíssimo de dançar (tinha um jeito especial de executar o "En Pointe", que na época causou polêmica, mas que com o passar do tempo tornou-se padrão), começou a ganhar destaque nos balés em que atuava e a arrebanhar fãs entusiastas. Para a legião de fãs ela era a Pavlovtzi.
Em 1908 estreou em Paris, no Théâtre du Châtelet, com o Ballets Russes de Serguei Diaghilev. De 1908 a 1911, apresentou-se com a companhia de Diaghilev, passando a dividir o seu tempo profissional entre as turnês e as apresentações no teatro Mariinsky.
Em 1913 larga o "Balé Imperial" e passa a se apresentar por sua própria conta, empresariada por Victor d'Andre.
Em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, ela deixou a Rússia definitivamente e se mudou para Londres, fixando residência na casa que adquirira em 1912, denominada "Ivy House".
Durante a guerra excursionou com frequência nos EUA e na América do Sul, tendo apresentado-se em 1918 no Teatro da Paz emBelém do Pará. Também esteve na ÁsiaOriente e África do Sul.
Dançou para reis, rainhas e imperadores de toda a europa. Sarah Bernhardt e Isadora Duncan eram suas admiradoras.
Na década de 1920 apresenta-se no Teatro Municipal de São Paulo e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 1924, casa-se com Victor d'Andre, seu empresário.
No período de natal de 1930, Pavlova tira três semanas de descanso de uma turnê que realizava pela europa. Na volta ao trabalho, próximo de A Haia na Holanda, o trem em que estava foi obrigado a parar devido a um acidente ocorrido próximo à linha. Curiosa, desceu para ver o que havia acontecido vestindo roupas muito leves para o tempo que fazia (um fino casaco sobre uma camisola de seda) e caminhando pela neve. Dias mais tarde, é acometida de forte pneumonia. Após breve sofrimento, morre de pleuris no dia 23 de janeiro de 1931, no auge da fama e próximo de completar cinqüenta anos. Segundo testemunhas, suas últimas palavras após pedir para que lhe preparassem o seu traje de "A Morte do Cisne" foi: "Execute o último compasso bem suave".

Vaslav Nijinsky e Anna Pavlova no Le Pavillon d'Armide 

A Bailarina

Após ser admitida no corpo de balé do "Balé Imperial Russo" de São Petersburgo, passa a galgar posições de destaque nos espetáculos do teatro Mariinsky muito rapidamente. Expressiva e carismática, conquistava grande legião de admiradores a cada espetáculo. Seu físico delicado e gracioso era bem apropriado para os papéis românticos dos balés, e isso foi percebido pelos coreógrafos. Seu primeiro sucesso e que passou a ser sua marca registrada, é o solo de "A Morte do Cisne", apresentada em 1905, no teatro Mariinsky, com música de Cammille Saint-Säens e coreografia de Mikhail Fokine . Também é sucesso em "Giselle" com música deAdolphe Adam e coreografia de Marius Petipa, apresentada em 1906 no mesmo teatro.
No dia 6 de janeiro de 1908, realiza o seu sonho de infância e dança no teatro Mariinsky, no papel de Princesa Aurora, o balé A Bela Adormecida pela primeira vez.
No Ballets Russes apresentou-se no teatro Chatelet, em Paris, em julho de 1909, tendo por parceiro o grande bailarino Vaslav Nijinsky no balé Les Sylphides. Também nesta temporada dança no balé Cleópatra, tendo como parceiro Mikhail Fokine.
Em fevereiro de 1910, apresenta-se no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque, no balé Coppelia, tendo como parceiro Mikhail Mordkin. Era a primeira vez que se apresentava nos EUA.
Em 1911, apresentou-se pela última vez no Ballets Russes, desta vez em uma temporada em Londres. Mais uma vez teve como parceiro Vaslav Nijinky. Após esta temporada ela nunca mais dançaria com ele.
No dia 24 de fevereiro de 1913, ela apresentou-se pela última vez no teatro Mariinsky, no balé La Bayadere.

Pavlova em seu camarim
A partir de 1913, rompeu seu vínculo com o Imperial Ballet de São Petersburgo, e passou a excursionar pelo mundo com companhia própria até a sua morte em 1931.
Em suas vindas ao Brasil, ela apresentou-se nestes grandes teatros: Teatro Municipal do Rio de JaneiroTeatro Municipal de São Paulo e Theatro da Paz (BelémPará).
O seu repertório era clássico, convencional, mas gostava de incluir números de danças étnicas. Os seus excertos e adaptações dos balés clássicos encantavam as platéias para quem se apresentava.
Anna Pavlova, por meio de suas turnês ao redor do mundo, e também por sua figura carismática e singular, tornou o balé popular por onde passava, sendo responsável por inúmeras novas bailarinas; moças que após a verem dançar se decidiam a também fazê-lo.
Durante sua carreira, Anna Pavlova viajou cerca de quinhentas mil milhas, dançando em 3.650 espetáculos e participando de mais de dois mil ensaios]

Frases

"Deus dá o talento, mas é o trabalho que transforma o talento em gênio."
"Embora alguém possa falhar em encontrar a felicidade na vida teatral, ninguém desiste depois de já ter uma vez provado de seus frutos."
"O sucesso depende em grande parte de iniciativa pessoal e esforço, e não pode ser adquirido exceto à força de trabalho."

ARTE CEMITERIAL: E POR FALAR EM SAUDADE......



ARTE TUMULAR


Sou eu, como me sinto pequena em frente á morte.
Está posta a condição. Resta o mistério.

ARTE CEMITERIAL

Na era Vitoriana, as pessoas fotografavam os mortos, porque acreditavam que assim seguravam a alma na fotografia. Isto era comum, existindo inclusive o álbum dos mortos.
No Brasil, isto acontecia, porque os fotógrafos só existiam nas grandes capitais, fazendo que com isto as fotos se tornassem muito caras, então os fotógrafos eram chamados nas pequenas cidades em casos extremos, no caso a morte.
A morte sempre serviu de inspiração para a arte em suas várias expressões. Foi tema recorrente em várias salas da XXII Bienal Internacional de São Paulo.
O tema morte sempre esteve presente na criação artística, quase sempre com o fito de celebrar a figura do morto. E fiéis às tradições de “parusia” de quaisquer naturezas, até fins do século XIX o tema da morte, fossem as execuções dos mártires ou os “passamentos” dos beatos, sempre foram tratados com assepsia. Não havia, não deveria haver sofrimentos expressos. Ao contrário, deveria ser mostrada a paz, á hora da morte-passagem: ”Se eu andar por entre as sombras da morte, não temerei o mal, porque estais comigo, Senhor”. E a igreja foi e tem sido zelosa guardiã desta tradição. Mas não só o cristianismo se pauta pela tradição da parusia. É sabido que também junto aos povos pré-hispânicos vigorava esta idéia-esperança: Para os povos pré-hispânicos, a morte tinha um sentido transitório e ritualístico. Considerava-se que a vida e a morte eram dois aspectos de uma mesma realidade. Os mortos simplesmente vivem em outra dimensão, de onde com a ajuda dos deuses, renascera a vida. (‘A festa dos mortos - Javier Peres Siller - Correio da Unesco - ano 18, n.º 2’).
No final do século XVII, aconteceu um fenômeno curioso no mundo todo. Por medida sanitária, os sepultamentos passam a realizarem-se em áreas abertas, nos chamados campos-santos ou cemitério secularizados.
Isto já não é novidade. Japoneses, chineses, judeus e outros povos já traziam tradicionalizada à inumação a céu aberto. Os protestantes também, em muitos países. A mudança afetou os povos de predominância católica. No Brasil, o enterro fora da igreja era reservado aos católicos protestantes, judeus, mulçumanos, escravos e condenados, até que por lei, inspirada na correlação que se fez entre a transmissão de doenças e miasmas concentrados nas naves e criptas, instalou-se os campos de sepultamento ensolarados. A simplicidade dos padrões tradicionais e primitivos continuou caracterizando a sepultura coletiva enquanto surgiu e se desenvolveu, espantosamente, o fausto e a arrogância tumularia. Portanto, a verdadeira razão da grande mudança de atitude e gosto já existia a longos tempos no anseio de monumentalizar-se perante a comunidade. Era e sempre foi o desejo do abastado distinguir-se através de uma marca perene, de um objeto de consagração- o túmulo- pela tradição de comparar-se aos grandes personagens da história, sem cerimônia, incluindo os soberanos, os faraós, os reis, os papas, que mereceram sepulcros diferentes dos demais.
Há de fato túmulos monumentais de papas de acordo com a pompa de cada época, contudo sempre integrados à construção da igreja. Há papas que não restaram por virtudes e sim ela eventualidade do valor artístico ou monumental de seus túmulos.
De qualquer modo, erigia-se a igreja como bem pública, integrada ao uso coletivo, e nela se fazia a sepultura do deu doador benfeitor...
A arte tumularia varia com a data, acompanha cada estilo de época, de região, e jamais sonega o caráter, a espiritualidade do meio em que ocorre. Sob tal prisma, isto é, tomando-se a arte tumularia como representativa desses atributos podemos entender as estruturas sociais e culturais dos meios, mesmo quando restrita a uma parcela da população.
Aliás, tal restrição relaciona-se diretamente com o tipo de economia da sociedade, estando deste modo à arte cemiterial condicionada a fatores de caráter sociológico, econômico e cultural

SUAVIDADE DEPOIS DAS FOTOS







NÃO VOU COLOCAR MAIS AS FOTOS SENTI QUE É MEIO... BEM, DEIXAMOS ASSIM!

QUARTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2011

LIVROS DOS MORTOS




























































































































































UMA PEQUENA AMOSTRA DA MINHA COLEÇÃO. COM O DEVIDO TEMPO VOU POSTANDO MAIS .



ESTAS FOTOS COSTUMAM SER MUITO ANTIGAS "ÉPOCA VITORIANA" QUANDO AS PESSOAS ACREDITAVAM QUE FOTOGRAFANDO OS MORTOS RETINHAM ASSIM SUAS ALMAS.]




AQUI NO BRASIL O PROBLEMA ERA O FOTÓGRAFO, QUE SÓ EXISTIA NAS GRANDES CAPITAIS ENTÃO AS PESSOAS COSTUMAVAM CHAMAR UM, PARA FICAR COM UM RECORDAÇÃO DO FALECIDO [A]




Quiseste tanta ver-me e ter-me aqui presente,

Ouvir minha voz e contemplar-me o aspecto.

Aqui estou!

GUIOMAR NOVAES-AMADA IMORTAL


GUIOMAR NOVAES
(85 anos)
Pianista

* São João da Boa Vista, SP (28/02/1894)
+ São Paulo, SP (07/03/1979)


Foi uma pianista brasileira que construiu sólida carreira no exterior, particularmente nos Estados Unidos. Ficou especialmente conhecida pelas suas interpretações das obras de Frédéric Chopin e Robert Schumann. Foi importante divulgadora de Villa-Lobos no exterior.

Nascida em São João da Boa Vista, interior de São Paulo, filha de Manoel José da Cruz Novaes e Anna de Carvalho Menezes NovaesGuiomarfoi a décima sétima dos dezenove filhos do casal. A família logo estabeleceu-se em São Paulo.

O piano, presente em sua casa e utilizado nas aulas de suas irmãs, despertou o interesse de Guiomar, que, aos quatro anos, começou a tocá-lo de ouvido. Aos seis anos, a menina passou a tomar aulas comEugenio Nogueira, professor paulista, e ingressou, por vontade própria, no jardim de infância. Desde os primeiros dias escolares, acompanhava, ao piano, as canções entoadas pelas colegas.

Mais tarde, Guiomar Novaes passou a tomar aulas com Luigi Chiafarelli, um importante mestre italiano, considerado o responsável pelo seu desenvolvimento artístico. Chiafarelli também foi professor de inúmeros pianistas que alcançaram fama no país e no exterior. A menina Guiomar Novaes, vizinha de Monteiro Lobato, foi quem inspirou o escritor a criar a encantadora personagem Narizinho, a "menina do nariz arrebitado" do Sítio do Pica-pau Amarelo.

Em 1902, com oito anos, Guiomar Novas apresentou-se publicamente pela primeira vez como artista. Em outubro de 1909, com o auxílio do Governo do Estado de São Paulo, partiu para a Europa, para estudar em Paris.

Ao desembarcar na FrançaGuiomar foi convidada para visitar uma compatriota que desejava ouvi-la: era a Princesa Isabel, também pianista, que vivia próximo aVersalhes, no exílio. Foi a Princesa Isabel quem estimulou Guiomar a incluir em seu repertório a Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, composição de Louis Moreau GottschalkGuiomar frequentemente tocava aGrande Fantasia Triunfal nos recitais que fazia no exterior, evidenciando assim sua nacionalidade e contribuindo para o reconhecimento internacional do Brasil.

Na capital francesa, Guiomarinscreveu-se para prestar provas noConservatório de Paris. Haviam 331 candidatos para doze vagas. Realizou a primeira prova em 18 de novembro de 1909. Após rígida seleção, o número de candidatos baixou para trinta. A segunda prova deu-se em 25 de novembro.

A comissão julgadora era formada por músicos como Claude DebussyMoszkowski e Lazare-Lévy. Durante o primeiro exame, ela tocou um Prelúdio e Fuga nº 1O Cravo Bem Temperado deJohann Sebastian Bach, um estudo de Liszt-Paganini e a 3ª Balada de Chopin. No segundo exame, quebrando o protocolo dos concursos do Conservatório de ParisClaude Debussy, fascinado com a jovemGuiomar, pediu a repetição da 3ª Balada de Chopin.

"Eu estava voltado para o aperfeiçoamento da raça pianística na França... a ironia habitual do destino quis que o candidato artisticamente mais dotado fosse uma jovem brasileira de treze anos. Ela não é bela, mas tem os olhos 'ébrios da música' e aquele poder de isolar-se de tudo que a cerca - faculdade raríssima - que é a marca bem característica do artista"
(Claude Debussy, 25 de novembro de 1909, Carta a André Caplet)

Após ser admitida em primeiro lugar, por unanimidade, estudou no Conservatório de Paris com o mestre húngaro Isidor Philipp, que afirmou não ter ensinado nada à aluna e sim aprendido com ela.

Em julho de 1911, na prova de encerramento do curso do Conservatório de Paris,Guiomar venceu a prova, que contava com 35 concorrentes, e ganhou o primeiro prêmio - que compreendia a quantia de 1200 francos e um piano de cauda.


Depois de conquistar o primeiro prêmio e deixar o Conservatório de Paris,Guiomar teve diversos oferecimentos de contratos, tocando em ParisLondres,GenebraMilão e Berlim. Em 1913, retornou ao Brasil e se apresentou noTeatro Municipal de São Paulo e noTeatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra MundialGuiomar cancelou todos os compromissos na Europa e continuou apresentando-se no Brasil.

Em 1915, fez sua estreia nos Estados Unidos, onde realizou fantástica temporada, tocando em Nova York,BostonChicagoNorfolk, Newport e outras cidades norte-americanas, sendo aclamada pela crítica estadunidense, que a chama de "Lady Of The Singing Tone". Henry T. Finck, famoso crítico musical norte-americano, considerou-a a mais inspirada pianista.

Em janeiro de 1919, Guiomar perdeu sua mãe e companheira Dona Anna, mas não deixou de encantar as plateias americanas. Em agosto de 1919, retornou aoBrasil, onde foi acolhida festivamente, recebendo o reconhecimento de seus compatriotas. Em novembro de 1919 parte para os Estados Unidos, iniciando a temporada 1919-1920.

Em dezembro de 1920, está no Brasil e oficializa seu noivado com o namorado, o arquiteto e compositor Octávio Pinto. Em 1921, Guiomar está nos Estados Unidos.

Em 1922 Guiomar participou da Semana de Arte Moderna - evento que revolucionou as artes brasileiras, marcando a chegada do Modernismo -, apesar de um pouco entristecida com as paródias feitas à Frédéric Chopin no 1º Festival da Semana de 22.

Guiomar ao Lado de Octávio Pinto
Também em 1922, Guiomarcasa-se com Octávio Pinto. O casal teve dois filhos: Anna Maria e Luiz Octávio. A partir de 1922, Guiomar passou a incluir nos seus recitais as obras de Villa-Lobos, tornando-se importante divulgadora desse seu compatriota nosEstados Unidos. A partir daí,Guiomar alternou idas aosEstados Unidos e voltas aoBrasil.

Em 1938, tocou para o presidente Franklin Delano Roosevelt. A imprensa americana a reconheceu como a melhor pianista do mundo.

Em 1950, faleceu Octávio Pinto, seu marido e incentivador, que ficou no Brasil para cuidar de problemas cardíacos. Guiomar sentiu-se profundamente abalada, chegando a cogitar um fim de carreira, mas logo estava de volta aos palcos, fortalecendo-se com a música.

Em abril de 1967, foi escolhida, entre todos os artistas do mundo, para inaugurar o Queen Elizabeth Hall, em Londres, convidada pela rainha Elisabete II do Reino Unido.

Nas décadas de 1960 e 1970, Guiomar foi condecorada com diversos títulos, medalhas, insígnias e comendas, e homenagens como a Ordem Nacional do Mérito, concedida pelo governo brasileiro, além de ter sido elevada ao grau deCavaleiro da Legião de Honra de França. 1972 é o ano da sua última temporada nos Estados Unidos.

Morte

Em janeiro de 1979, a pianista sofreu um Derrame Cerebral e seu estado de saúde passou a inspirar cuidados. Guiomar Novaes faleceu em 7 de março de 1979, aos 85 anos, às 20:00 hs., em São Paulo, vítima de Infarto do Miocárdio.

Todos os grandes jornais americanos publicaram um anúncio fúnebre intitulado "In Tribute to Guiomar Novaes". Seu velório aconteceu na Academia Paulista de Letras. Foi enterrada no Cemitério da Consolação, em São Paulo, em 8 de março, ao som da Marcha Fúnebre, da Sinfonia Eroica, de Beethoven.

Críticas Destacadas

"Para escrever sobre um recital de Guiomar Novaes - a brilhante jovem pianista brasileira - é preciso valer-se de uma requintada lista de adjetivos e aplicá-los no superlativo. Mesmo assim, é difícil transmitir com precisão, o domínio que essa jovem e talentosa artista tem sobre o seu público"
(Musical America, 2 de dezembro de 1916)

"A palavra gênio não é simplesmente indicada para sua interpretação, mas é a expressão adequada para caracterizar a habilidade desta jovem pianista que faz reviver os grandes compositores. Há alguma coisa de misterioso e de mágico. Ela quase nos faz acreditar em espiritismo e reencarnação"
(Henry T. Finck. New York Evening Post, 12 de novembro de 1917)

"Ela toca como se estivesse improvisando ou como se algum espírito invisível estivesse soprando ao seu ouvido os segredos mais profundos de toda a harmonia"
(Times, Louisville, 27 de fevereiro de 1919)

"Sob seus dedos privilegiados, o piano adquire todos os timbres da orquestra, fazendo-nos ouvir a suavidade das flautas, a melancolia dos instrumentos de madeira, a sonoridade dourada dos metais ou a maleabilidade das cordas"
(O Estado de São Paulo, 7 de outubro de 1936)

"Novaes é a mais pessoal das pianistas. Faz coisas ao seu próprio modo. Cria suas próprias normas. Frequentemente tem ideias singulares. Mas tem a autoridade e intuição musical para ser sempre absolutamente convincente"
(The New York Times, 5 de dezembro de 1954)

Depoimentos da Artista

"Eu sempre toco uma peça de maneira diferente, pois descubro alguma coisa nova e me surpreendo como é que não tinha pensado nisso antes. Arte é a coisa mais sutil que existe. Nem sempre conseguimos compreendê-la"
(Guiomar Novaes, Great Woman & piano, Time, Nova York, 13 de dezembro de 1954)

"Para mim, é importante que o estudante tenha a oportunidade para desenvolver-se simples, normal e naturalmente num ser humano completo, que compreenda e aprecie a significação da verdade e do belo. Dessas coisas, em última análise, é que deve resultar um impulso para a Música. Do contrário, esta será pouco mais do que uma ginástica de dedos, uma máquina bem exercitada, mas sem alma. Toque com seus dedos e seu cérebro, mas cante com sua alma"
(Guiomar Novaes, A conference with Guiomar Novaes, The Etude Music Magazine, Março de 1939)

SEGUIDORES

VISITANTES

free counters

CONTADOR DE VISITAS

TOP 10 - MAIS LIDOS

MEUS FILMES PREFERIDOS

  • A CASA DOS ESPÍRITOS
  • A CONDESSA DE SANGUE
  • ANA DOS MIL DIAS
  • AS BRUMAS DE AVALON
  • COCO ANTES DE CHANEL
  • DRÁCULA
  • E O VENTO LEVOU
  • ELIZABETH I
  • ENTREVISTA COM O VAMPIRO
  • ER ( A SÉRIE)
  • MARIA ANTONIETA
  • MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA
  • MOÇA COM BRINCO DE PÉROLAS
  • O PIANO
  • O PODEROSO CHEFÃO ( TRILOGIA)
  • ORGULHO E PRECONCEITO
  • RAZÃO E SENSIBILIDADE
  • ROMEU E JULIETA
  • SPARTACUS SÉRIE
  • THE BORGIAS série
  • THE TUDORS (A SÉRIE)

TOTAL DE VISUALIZAÇÕES

TRANSLATE

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

LUNA

CURRENT MOON

CALENDÁRIO

OBRIGADA PELA VISITA!!!!

OBRIGADA PELA VISITA!!!!