PENSAMENTOS, DEVANEIOS E INQUIETAÇÕES

CRÔNICAS DO COTIDIANO, DO PONTO DE VISTA FEMININO,ARTÍSTICO, FILOSÓFICO, EMOCIONAL E SOCIOLÓGICO.

QUEM SOU EU...

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São Paulo, SP, Brazil
SOCIÓLOGA,HISTORIADORA, EDUCADORA E ARTISTA PLÁSTICA. Sou buscadora e curiosa por natureza. Sou bruxa, sem poções e crendices infundadas, observo e me integro à terra e aos seus movimentos. Amo a vida, os animais, plantas e a natureza. Solitária por vocação, pois nela busco forças e encontro repouso. Avessa aos ritos impostos e às convenções sociais, procuro a minha verdade. Sou arisca e desprezo dogmas, eles são a perdição da humanidade. Sou humana e falível. Busco o melhor de cada crença. deletando as manipulações. Amo o silêncio, a força da natureza e o equilíbrio cósmico, acho que sou inqualificável... Sou real e palpável, mas também sei ser etérea e indecifrável, se me convier. Amo o conhecimento, o mistério, as brumas da sensibilidade. Se quiser me conhecer melhor, siga-me...

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Sintam se à vontade nesse pequeno espaço onde compartilho minhas idéias, pensamentos, denuncio injustiças, lanço questionamentos, principalmente em relação ao universo feminino e toda a sua complexidade.
Minhas postagens são resultados de pesquisas na internet, caso houver algum artigo sem os devidos crédito, por favor me notifiquem para que eu possa corrigir uma eventual falta.
Obrigada por sua visita.

15 junho, 2010

HISTÓRIA DA LINGERIE III





Do linho à Lycra Sutiã

Na Antigüidade, as egípcias não usavam nada por baixo de suas túnicas de linho e as mulheres de Atenas, na Grécia, tomavam banho, nas fontes da cidade, cobrindo o púbis com um triângulo de tecido preso por fios amarrados nos quadris.
A Lingerie da Idade Média era simplesmente uma camisola longa, de mangas compridas, comum aos dois sexos, que tinha por finalidade evitar o contato da pele com os tecidos ásperos e pesados do vestuário da época. Além disso, a roupa íntima era usada pelas mulheres, para poupar as roupas caras, pesadas e difíceis de lavar, principalmente num período em que tomar banho estava longe de ser um hábito diário.
A partir do século XV, os ingleses começaram a dar mais importância ao modo de se vestir e as roupas sofreram constantes transformações. Desde então, o modo de se vestir passou significar "status", ou seja, cada classe usava roupas para caracterizar sua classe social.
A Lingerie não ficou de fora. O uso de uma espécie de calção, inspirado nos "culotes" masculinos, foi introduzido no século XVI por Catarina de Médicis, que o utilizava para montar a cavalo.
A Lingerie não ficou de fora. O uso de uma espécie de calção, inspirado nos "culotes" masculinos, foi introduzido no século XVI por Catarina de Médicis, que o utilizava para montar a cavalo.
Ainda no século XVI, a roupa íntima feminina, mais elaborada e produzida com tecidos claros, começou a distinguir-se mais da masculina. Apertando mais a cintura e, posteriormente, os seios, o que dava a impressão de quadris bem largos.
Quanto mais adornos as mulheres tinham, mais enfatizavam a riqueza e a imagem do homem que pagava suas contas. O volume das saias também significava riqueza. Daí surgiram os "saiotes", que ficaram cada vez mais numerosos e pesados, até serem substituídos por uma invenção espanhola: o "vertugadin", uma armação rígida adotada somente pela nobreza, pois as mulheres da plebe (classe baixa), que trabalhavam nos campos, precisavam de liberdade de movimentos. Ao final do período renascentista (séc. V ou XIII), as mulheres já usavam meias de algodão ou lã presas por ligas tecidas em lã.

Do linho à Lycra

Um dos primeiros modelos de calcinha é datado do ano 3000 a.C. na Babilônia. Mas foram os gregos que desenvolveram esta peça da roupa íntima feminina, enrolando no quadril uma faixa de linho que descia por entre as pernas para protegê-las e torneá-las.
Na realeza do século XIV, enquanto outras peças do vestuário contavam-se às dúzias, as "calças de baixo", não passavam de duas mudas. Fora dos castelos, as cortesãs as usavam bordadas, e as atrizes e bailarinas as usavam por decreto lei. Já as demais mulheres passeavam com suas partes alegremente ao ar, isso, é claro, cobertas com saia ou vestido.
No século XVII, as "calças de baixo" foram objeto de estudo para a medicina. Os médicos da época afirmavam que o uso diário produzia secura do útero, causando assim a esterilidade. Aliado à volta da moda do espartilho, outra peça foi adicionada à indumentária feminina: a "anquinha", uma armação também de arame trançado como um cesto de 30 cm de largura, presa por uma tira na cintura, que estufava os quadris.
A "anquinha" foi substituída pelo "culo" (espécie de calda), dois séculos mais tarde. Esse utensílio deixava as mulheres estreitas de frente e protuberantes de costas. Em meados do século XIX, tanto a "anquinha" como o "culo" saíram de moda, dando espaço às "crinolinas". Realmente as "crinolinas" ocuparam espaço, pois eram confeccionadas com uma armação de tubos de tecido forrados com crina de cavalo (daí o nome).
Na segunda metade do século XIX, a mulher toma literalmente espaço na sociedade com a "criolina".
Na segunda metade do século XIX, a mulher toma literalmente espaço na sociedade com a "criolina".

"Entramos finalmente para o século XX"

Na primeira década do século, o costureiro Paul Poiret põe um fim aos espartilhos e a todos os tipos de corpetes, salientando a Lingerie como algo sensual. Uma conseqüência da insatisfação feminina, devido ao desconforto. Houve mudanças, mas não muito. A moda era um estilo retilíneo e afunilado para as roupas, o que dificultava o andar, obrigando as mulheres a usarem um corpete da cintura para baixo.
A situação começa a melhorar já na década seguinte com o estilo revolucionário da costureira Coco Chanel, que costurava para si mesma e passou a ser copiada pelas mulheres da sociedade. Surgem os "calções" de tecidos finos. A inovação dos tecidos na década de 30 contribuem para a evolução.
Os anos 50 forma o auge da revolução dessa peça. As divas do cinema americano ajudaram a popularizar e dar um toque mais sensual à calcinha, que, por não raras vezes, poderia ser vista, mesmo debaixo de tantas saias e anáguas.
De lá pra cá, a calcinha tornou-se acessório indispensável na vida da mulher. Novas cores, modelos e tecidos que variam de acordo com as formas femininas proporcionaram maior conforto e praticidade, além é claro de charme, sofisticação e sensualidade.

Tortura cultural

O marco inicial foi o século XVI, quando as roupas femininas passaram a ser confeccionadas com tecidos mais claros, para diferenciar das masculinas. Com isso, veio também a tendência de cortes mais acinturados, deixando à mostra as curvas femininas, como os quadris e os seios.
Contudo, apenas 100 anos mais tarde é que surgiu o espartilho na Espanha. Ao contrário do que se pensa, o espartilho não servia para modelar o corpo, mas para disfarçar as formas, uma exigência da época. O nome é espartilho porque eram feitos de esparto (uma gramínea utilizada na fabricação de cestos). A peças recebia também uma estrutura de barbatanas de baleia.
Um pedaço de armadura de um cavaleiro, mas um espartilho usado no final da Idade Média.
Um pedaço de armadura de um cavaleiro, mas um espartilho usado no final da Idade Média.
Cada vez mais apertada, essa peça acabou obrigatória para mulheres, o que provocava desconforto e por vezes até desmaios. Já nos séculos XVIII e XIX, os modelos que enclausuravam a mulher, achatando o busto, se consagraram. Uma longa camisa rendada isolava o corpo do espartilho, que o moldava.

O primeiro sutiã

No final de século XIX, foi criado na França o precursor do sutiã, numa tentativa de oferecer mais conforto do que o repressor espartilho. A butique de Heminie Cadolle elaborou um modelo em tecido à base de algodão e seda, semelhante aos modelos atuais. O sutiã foi devidamente reconhecido e patenteado em 1914 nos Estados Unidos pela socialite nova-iorquina Mary Phelps Jacob. Ele era feito com dois lenços, um pedaço de fita e um pouco de cordão.
Diante da novidade, prática e mais higiênica, as amigas de Mary intensificaram cada vez mais seus pedidos. Foi então que ela resolveu vender a patente a uma fábrica de roupas femininas, a Warner Brothers Corset Company, por 15 mil dólares da época. Era o início da industrialização da Lingerie.
Os primeiros modelos eram pouco inovadores e, em vez de realçar os seios, os achatavam. Havia poucas opções de tamanho e o ajuste era feito por presilhas nas alças. A partir da década de 20 a empresa americana Kestos lançou modelos mais próximos dos atuais, com pedaços triangulares de pano presos por um elástico que passava sobre os ombros, cruzava nas costas e abotoava na frente. Daí muita coisa mudou.

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