PENSAMENTOS, DEVANEIOS E INQUIETAÇÕES

CRÔNICAS DO COTIDIANO, DO PONTO DE VISTA FEMININO,ARTÍSTICO, FILOSÓFICO, EMOCIONAL E SOCIOLÓGICO.

QUEM SOU EU...

Minha foto
São Paulo, SP, Brazil
SOCIÓLOGA,HISTORIADORA, EDUCADORA E ARTISTA PLÁSTICA. Sou buscadora e curiosa por natureza. Sou bruxa, sem poções e crendices infundadas, observo e me integro à terra e aos seus movimentos. Amo a vida, os animais, plantas e a natureza. Solitária por vocação, pois nela busco forças e encontro repouso. Avessa aos ritos impostos e às convenções sociais, procuro a minha verdade. Sou arisca e desprezo dogmas, eles são a perdição da humanidade. Sou humana e falível. Busco o melhor de cada crença. deletando as manipulações. Amo o silêncio, a força da natureza e o equilíbrio cósmico, acho que sou inqualificável... Sou real e palpável, mas também sei ser etérea e indecifrável, se me convier. Amo o conhecimento, o mistério, as brumas da sensibilidade. Se quiser me conhecer melhor, siga-me...

BEM VINDOS!!!!!!

Sintam se à vontade nesse pequeno espaço onde compartilho minhas idéias, pensamentos, denuncio injustiças, lanço questionamentos, principalmente em relação ao universo feminino e toda a sua complexidade.
Minhas postagens são resultados de pesquisas na internet, caso houver algum artigo sem os devidos crédito, por favor me notifiquem para que eu possa corrigir uma eventual falta.
Obrigada por sua visita.

09 outubro, 2010

Polacas



Polacas


As ruas de grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro acostumaram-se a receber um grupo de mulheres que, por quase um século, prostituiu-se. Nascidas no Leste Europeu – e, por isso, conhecidas aqui como “polacas” –, elas eram judias, pobres, sem dote para um bom casamento e quase sempre analfabetas. Saíram de seus países fugidas, com medo das ondas de anti-semitismo. Sem perspectivas, acabaram recrutadas por cafetões. O relato mais antigo da chegada das polacas por aqui data de 1867 e o documento menciona a chegada ao porto do Rio de 104 “meretrizes estrangeiras” – dessas, 67 ficaram e 37 seguiram para Argentina.
A história das polacas foi esquecida. Primeiro porque não tinham sucessoras. Depois porque sempre foram discriminadas – inclusive pela sociedade judaica brasileira da época, que não permitia a elas nem um enterro digno. A maior parte das polacas está enterrada em cemitérios construídos por associações que fundaram no Brasil, como o Cemitério Israelita de Inhaúma, no Rio. Expressões usadas pelas polacas judias deram origem a palavras hoje muito populares no Brasil. Quando suspeitavam que um cliente tinha doença venérea, diziam ein krenke (“doença”, em iídiche), que acabou se transformando em “encrenca”. E, quando a polícia dava incertas nos bordéis, elas gritavam sacana (“polícia”) – que virou “sacanagem”.



(Na foto, de Augusto Malta, uma polaca e sua escrava)

Recomendação do dia: O livro "Baile de Máscaras: mulheres judias e prostituição - As polacas e suas associações de ajuda mútua", ed.Imago, onde Beatriz Kushnir faz uma brilhante pesquisa sobre o mundo privado de mulheres tidas como públicas




GUILHERME SIMÕES




RIO DE JANEIRO, BRAZIL
Professor da E.M.Paraguai 

Nenhum comentário:

SEGUIDORES

VISITANTES

free counters

CONTADOR DE VISITAS

TOP 10 - MAIS LIDOS

MEUS FILMES PREFERIDOS

  • A CASA DOS ESPÍRITOS
  • A CONDESSA DE SANGUE
  • ANA DOS MIL DIAS
  • AS BRUMAS DE AVALON
  • COCO ANTES DE CHANEL
  • DRÁCULA
  • E O VENTO LEVOU
  • ELIZABETH I
  • ENTREVISTA COM O VAMPIRO
  • ER ( A SÉRIE)
  • MARIA ANTONIETA
  • MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA
  • MOÇA COM BRINCO DE PÉROLAS
  • O PIANO
  • O PODEROSO CHEFÃO ( TRILOGIA)
  • ORGULHO E PRECONCEITO
  • RAZÃO E SENSIBILIDADE
  • ROMEU E JULIETA
  • SPARTACUS SÉRIE
  • THE BORGIAS série
  • THE TUDORS (A SÉRIE)

TOTAL DE VISUALIZAÇÕES

TRANSLATE

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

LUNA

CURRENT MOON

CALENDÁRIO

OBRIGADA PELA VISITA!!!!

OBRIGADA PELA VISITA!!!!